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Durante um debate realizado, esta semana, na Comissão de
Assuntos Constitucionais do Parlamento Europeu (PE), em Bruxelas,
Vital Moreira defendeu que as eleições
europeias de 2014, as primeiras realizadas depois da entrada em vigor do
Tratado de Lisboa, "devem constituir um forte impulso para a
criação de uma genuína democracia parlamentar na
UE". Para Vital Moreira as próximas
eleições europeias devem ser
"europeizadas", centradas numa agenda europeia e
não na política interna, e dar um novo peso ao voto dos
cidadãos europeus, conferindo-lhes o poder de escolher,
além dos deputados ao PE, o Presidente da Comissão
Europeia e as políticas e os programas dos vários
partidos. Para esse efeito, Vital Moreira apresentou quatro propostas
para serem postas em prática nas eleições europeias
de 2014:
- Os partidos políticos europeus, nos quais se encontram
filiados os principais partidos nacionais, devem apresentar um programa
político para o governo da União e o seu candidato para
Presidente da Comissão Europeia.
- Devem ser realizados debates públicos entre os vários
candidatos a Presidente da Comissão, para discussão das
propostas e programas políticos, e os candidatos devem participar
na campanha eleitoral em todos os Estados-membros.
- Os nomes e símbolos dos partidos políticos europeus
devem ter uma maior visibilidade nos Estados-membros e constar nos
boletins de voto e no material de campanha em conjunto com os dos
partidos nacionais.
- Por fim, os partidos políticos nacionais devem procurar
incluir nas suas listas de candidatos a deputados cidadãos da UE
não-nacionais desse Estado mas que aí tenham
residência. "A adoção destas propostas
práticas constituirá um contributo essencial para a
construção de uma democracia parlamentar na UE e para o
reforço do reconhecimento público da legitimidade
democrática das instituições da UE",
concluiu Vital Moreira.
Eventos da semana
Esta semana, em Bruxelas, Vital Moreira, além de ter presidido
durante dois dias à reunião ordinária da
Comissão de Comércio Internacional do PE, presidiu, ainda,
a mais uma reunião do "trílogo" - Parlamento,
Conselho e Comissão Europeia - sobre o regulamento-quadro da
assistência macrofinanceira da União a terceiros Estados.
Vital Moreira foi, igualmente, orador numa conferência subordinada
ao tema “EU-US Relations: The Comprehensive Trade Agreement -
Challenges and Opportunities”, e que foi organizada pela AECA-
American European Community Association. Finalmente, já em
Portugal, à margem do congresso do Partido Socialista, em Santa
Maria da Feira, participou na apresentação da brochura
"Testemunhos Socialistas-2012", que reúne as
intervenções dos eurodeputados portugueses do PS no ano
passado.
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O eurodeputado socialista Capoulas Santos
manifestou-se contra o corte de 5% nas ajudas aos agricultores
proposto pela Comissão Europeia, na apresentação
que fez esta semana, em Bruxelas, do relatório sobre o tema que
é da sua responsabilidade no Parlamento Europeu. A
Comissão Europeia propõe efetuar um corte de 5% nas ajudas
diretas aos agricultores com o objetivo de ajustar o montante dos
pagamentos diretos para o novo período de
programação financeira, tendo em conta a
redução substancial do orçamento global para a
agricultura, a necessidade de acomodar novos instrumentos de
política e a integração total dos agricultores dos
novos Estados-membros na Política Agrícola Comum. O
eurodeputado português, na qualidade de co-legislador
europeu, está contra esta proposta e referiu que "para
além do corte em si nas ajudas, desde já
inaceitável a este nível, aceitar este montante de
redução implicaria também uma
aceitação tácita dos pressupostos
orçamentais para agricultura no próximo período de
2014-2020, em relação aos quais o Parlamento Europeu
deverá também ter uma palavra a dizer".
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“Sr. Comissário, não precisa de colocar os seus
auscultadores, basta memorizar uma simples palavra: Basta”.
Foi desta forma que Elisa Ferreira voltou esta
semana a defender que o modelo de austeridade europeia está
esgotado, desta feita na presença do Comissário Europeu
para os Assuntos Monetários e Económicos, Olli Rehn.
Apresentando-se como representante de um país que
“seguiu até ao limite as recomendações da
troika”, Elisa Ferreira lembrou que as metas de ajustamento
ficaram longe de ser alcançadas: “Em 2010
tínhamos uma divida de 93% do PIB; depois de termos seguido todas
as recomendações temos hoje, segundo as estimativas da
própria troika, uma dívida de 124% do PIB. Teríamos
um máximo de 13% de desemprego, temos hoje 18,2% a caminhar para
19%”. Em reunião da comissão para os Assuntos
Económicos e Monetários, a porta-voz do grupo socialista
afirmou-se "desiludida" porque no rescaldo das
afirmações desta semana do Presidente da Comissão
– Durão Barroso considerou que “a austeridade
atingiu o limite em vários aspectos” e que
“para uma política resultar não basta ser bem
desenhada, tem de ter o mínimo apoio político e
social” – esperava que Olli Rehn apresentasse na
reunião “em que medida e de que forma pretende ajustar
e mudar radicalmente as suas políticas”. Mas perante a
insistência do Comissário no modelo atual, Elisa Ferreira
citou uma expressão popular para lembrar que “só
os tolos não mudam”. A eurodeputada terminou a sua
declaração dizendo “acreditar que a
Comissão tem sentido de responsabilidade para mudar de
política e não nos levar a um desastre que vai cair em
cima dos ombros do Sr. Comissário, que é quem responde
perante este Parlamento, mas sobretudo vai cair em cima dos ombros dos
cidadãos que não têm culpa da falta de qualidade das
políticas que estamos a seguir”. Na resposta, Olli
Rehn disse apenas que a consolidação fiscal deve
“permitir o crescimento e garantir a equidade social para que
seja aceitável para os cidadãos”, sem referir
de que forma poderá alterar as políticas para ser bem
sucedido nesse “enorme desafio”.
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A deputada Edite Estrela apresentou esta semana na
comissão de Emprego e Assuntos Sociais do Parlamento Europeu uma
série de propostas que visam conciliar o objetivo de dispositivos
médicos seguros e de qualidade com o objetivo de contribuir para
um ambiente de trabalho mais seguro. Enquanto relatora do Parecer desta
comissão parlamentar, tendo em vista a atualização
das diretivas sobre esta matéria, a eurodeputada socialista
salientou a necessidade de as suas propostas darem resposta ao progresso
tecnológico e científico dos últimos anos e
às preocupações manifestadas na sequência de
acontecimentos relacionados com o escândalo dos implantes
mamários. Os dispositivos médicos são utilizados
principalmente em meios hospitalares por profissionais de saúde
mas também em outros contextos como lares e prisões. As
pessoas sujeitas a eventuais riscos incluem trabalhadores do setor da
saúde que utilizam estes dispositivos mas também
trabalhadores auxiliares como, por exemplo, trabalhadores de limpeza e
lavandaria. "Os dispositivos médicos e os dispositivos
médicos de diagnóstico in vitro, que vão desde os
simples pensos rápidos até às mais sofisticadas
máquinas de suporte de vida, são essenciais para a nossa
saúde e qualidade de vida. Para assegurar que esses dispositivos
satisfazem as necessidades e garantem a segurança dos
cidadãos europeus, é necessário que haja uma
regulamentação clara e transparente que tenha em conta o
progresso científico e tecnológico", afirmou a
deputada na sessão de apresentação do Parecer. As
propostas de Edite Estrela foram bem acolhidas pelos seus pares da
comissão do Emprego e pelos responsáveis da
Comissão Europeia. O voto do Parecer está previsto para
dia 29 de maio.
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O deputado Correia de Campos apresentou esta semana na
comissão do Mercado Interno e de Proteção de
Consumidores do PE um conjunto de propostas de
alteração que submeteu ao relatório de iniciativa
sobre o jogo em linha, atualmente em discussão nesta
comissão parlamentar e que surge na sequência de uma
Comunicação da Comissão Europeia que visa
contribuir para uma boa regulamentação e para a
segurança do sector do jogo em linha na UE, com o objetivo de
afastar os consumidores dos sítios não regulamentados. Na
sua intervenção, Correia de Campos começou por
referir que "abundante jurisprudência do TJUE, considera
os Estados-Membros responsáveis pela regulamentação
do jogo e pela definição de práticas de controlo em
conformidade com o Direito da União. Consideramos que o papel da
Comissão Europeia deve ser o de avaliar a conformidade destas
regras com o Direito da UE e não juízos de valor
supostamente ideológicos, como é o caso da crítica
aos chamados monopólios sociais. São apenas fontes de
financiamento de encargos sociais, atribuídos por
concessão e concursos periódicos" chamando a
atenção para o facto de "o jogo contribuir
anualmente, com mais de 20 mil milhões de Euros de receitas, para
atividades de interesse público - causas sociais, financiamento
do desporto, turismo, educação, investigação
ou cultura, entre outros". Para o deputado socialista
"é essencial salvaguardar que parte das receitas do jogo
continuem a reverter para estas causas sociais e socioeconómicas
de interesse público nos Estados-Membros e ter em
consideração esta especificidade, em qualquer
legislação que se venha a produzir". Este
relatório será votado no final de maio em sede de
comissão parlamentar e subirá ao plenário de
julho.
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O deputado Luís Paulo Alves foi nomeado relator
do Parlamento Europeu para uma Opinião sobre "combate ao
desemprego juvenil: soluções possíveis", na
Comissão de Desenvolvimento Regional. A produção de
uma Opinião sobre este tema surge por iniciativa do PE,
considerando que se assiste hoje a um drama sem precedentes para os
jovens. Apenas na Áustria e na Holanda o desemprego jovem
é inferior a 10%, quando na Eslováquia e Lituânia
ultrapassa os 30%, em Portugal ultrapassa os 40% e na Grécia e na
Espanha, vai além dos 55%. Em janeiro de 2013, na UE, 23% dos
jovens ativos estavam desempregados. Em 2011 já 7,5
milhões de jovens entre os 15 e os 24 anos e 6,5 milhões
de jovens, entre os 25 e os 29 anos não estavam a estudar, nem a
trabalhar, nem a seguir uma formação. Para além
disso, de acordo com o Eurofund, em 2011, a estimativa de perda
económica resultante do afastamento dos jovens do mercado de
trabalho ascendia a 153 mil milhões de euros. Para Luís
Paulo Alves "temos de fazer tudo o que está ao nosso
alcance para mudar esta situação, porque se hoje se
destrói ou adia a possibilidade dos jovens construírem um
projeto de vida, também os Estados desperdiçam
competências preciosas da geração mais qualificada
de sempre. A Europa e sobretudo os países em maiores dificuldades
nesta crise perdem know-how e ainda mais capacidade
competitiva". Tudo isto, levou a que a UE já
começasse a olhar com mais atenção para o
fenómeno do desemprego jovem, como a promoção da
"Iniciativa Oportunidades para a Juventude", a
"Iniciativa para o Emprego dos Jovens", a "Juventude em
Movimento" ou as propostas para uma "Garantia para a
Juventude". Para o deputado, é natural que se olhe com
particular atenção para este problema, pois "os
jovens são dos mais afetados pela crise económica,
colocando-se numa posição muito desfavorecida e só
reversível com a economia a funcionar e com a
adoção de políticas ativas estruturantes
direcionadas para os jovens e para resultados sustentáveis
para o pós-crise. É com este pensamento que vou propor
soluções". Por outro lado, adianta,
"terei em consideração que só com o
conhecimento rigoroso dos contextos locais é que é
possível a adoção de uma solução
global para a problemática. Por isso devemos pensar global e agir
local. Até porque, apesar de serem genericamente graves, os
indicadores divergem de região para região". O
deputado conclui: "As análises prospetivas locais devem
resultar no fomento das interajudas entre
instituições/organizações/associações,
ligando a formação e as necessidades das empresas, no
curto, no médio/longo prazo, na defesa de estágios
profissionais e sugestão de apoios à
contratação por parte do tecido empregador. Este deve ser
o método para toda a Europa".
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Ana Gomes organizou uma audição no
Parlamento Europeu para apresentar o relatório "Fraude em
Altos Cargos: O contrato corrupto da dívida de Angola à
Rússia" (http://static.publico.pt/DOCS/Mundo/The-Corrupt-Debt-Deal-PT.pdf),
que resulta de uma investigação das
organizações "Corruption Watch UK" e
"Associação Mãos Livres". A
Audição contou com a presença dos autores do
relatório, Andrew Feinstein, antigo membro do ANC no Parlamento
Sul-Africano, e o Professor Adriano Parreira, antigo Embaixador de
Angola nas Nações Unidas e Organizações
Internacionais em Geneva. Na Subcomissão de Direitos Humanos, Ana
Gomes participou numa Audição sobre
populações autóctones e indústrias
extrativas, que contou com a presença de Rafael Marques,
jornalista e ativista dos Direitos Humanos de Angola, que falou sobre a
exploração dos "diamantes de sangue" nas Lundas.
A eurodeputada socialista participou ainda numa
Audição da mesma Subcomissão, conjuntamente com a
Subcomissão de Segurança e Defesa, sobre as
implicações nos Direitos Humanos do uso de
"drones", designadamente no programa de
"assassínios seletivos" da Administração
americana - Audição que Ana Gomes propôs e que
contou com a presença de Ben Emmerson, Relator Especial das
Nações Unidas para a proteção dos direitos
humanos na luta contra o terrorismo, entre outros peritos. Ana Gomes
interpelou o Ministro da Justiça da Arábia Saudita,
Mohammed Al Isa, no debate sobre reformas do sistema judicial na
Arábia Saudita, que teve lugar na Comissão parlamentar de
Assuntos Externos. A eurodeputada está a elaborar um
relatório sobre a Arábia Saudita, as suas
relações com a UE e o seu papel no Médio Oriente e
Norte de África, que o PE deverá discutir no segundo
semestre deste ano. Ana Gomes esteve ainda presente na cerimónia
e no jantar oficial com as "Damas de Blanco", ativistas
cubanas laureadas com o Prémio Sakharov 2005. Ana Gomes, como
relatora permanente do PE sobre a Líbia, está a elaborar
um relatório informativo sobre a situação naquele
país, com base nos contactos que manteve durante visita a
Tripoli, de 19 a 22 deste mês.
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* Os deputados da Delegação Socialista Portuguesa no
Parlamento Europeu lançam hoje, dia 26 de abril, a brochura
Testemunhos Socialistas - 2012 que pode consultar aqui.
A iniciativa tem lugar no início do Congresso do PS em Santa
Maria da Feira. A brochura reúne as
intervenções dos eurodeputados do PS no ano
passado.
* Edite Estrela participa nas reuniões do
bureau do Grupo Socialista Europeu que se realizam nos dias 29 e 30 de
abril, em Sofia, Bulgária. Enquanto presidente da
Delegação Socialista Portuguesa, Edite Estrela vai manter
uma intensa agenda de encontros com os restantes líderes das
delegações nacionais dos Socialistas no PE. Os Socialistas
Europeus deverão abordar temas de grande atualidade, nomeadamente
medidas para combater o desemprego jovem, estando previsto na ordem de
trabalhos uma conferência sobre "Mais e melhores empregos
para a juventude". A deputada vai igualmente integrar a
delegação da comissão dos Direitos da Mulher do PE
que se desloca a Lisboa nos dias 2 e 3 de maio. Os eurodeputados
vão ter encontros com a secretária de Estado dos Assuntos
Parlamentares e Igualdade, com o secretário de Estado do Emprego,
deputados, organizações não governamentais e
associações de apoio às mulheres. A visita da
comissão do PE a Portugal tem como principal objetivo averiguar o
impacte da crise e das medidas de austeridade na situação
das mulheres, com especial destaque no que toca ao "fosso
salarial" e à participação das mulheres no
mercado de trabalho.
* A convite da Universidade de Évora, o deputado
Capoulas Santos regressará aos Claustros do
Colégio Espírito Santo na tarde da próxima segunda
feira, 29 de abril, para participar no Seminário "Que meios
para o nosso futuro: o próximo quadro financeiro da União
Europeia".
* Agora que Durão Barroso se começa a questionar se
não estaremos a chegar ao limite da austeridade, "Qual
é a posição do BCE sobre as medidas de
austeridade?" Foi esta a questão que a coordenadora dos
Socialistas para os Assuntos Económicos e
Monetários, Elisa Ferreira, colocou a
Vítor Constâncio, Vice-Presidente do BCE, durante a
reunião da comissão dos Assuntos Económicos do PE,
em Bruxelas. Perante as tomadas de posição de Christine
Lagarde, do FMI, "que muito cedo começou a reverter o
discurso sobre as vantagens da austeridade", e também
de Durão Barroso, Presidente da Comissão "que
também já diz que a austeridade tem os seus
limites", Elisa Ferreira questionou se "considera que
as medidas de austeridade continuam a funcionar ou também se
junta à posição das outras duas
instituições que compõem a troika?".
Elisa Ferreira quis também saber como é feita a
transmissão destas novas posições, por parte das
instituições, para os funcionários e representantes
que em concreto integram as delegações das troikas que
são enviadas aos países. "Parece-me que é
chegado o momento não só de reavaliar as políticas,
mas de reavaliar também as troikas. Ambas me parecem ser um
modelo completamente exaurido".
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