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O eurodeputado socialista Capoulas Santos
congratula-se com a aproximação de
posições entre o Conselho e o Parlamento Europeu sobre a
reforma da Política Comum de Pescas. Porém, o desejado
acordo interinstitucional previsto para junho está longe de ser
alcançado. "Os principais interesses de Portugal
poderão vir a ficar salvaguardados no final da
negociação, tanto mais que a mais importante ameaça
que pendia sobre as nossas pescas, a liberalização das
quotas à escala europeia, que conduziria a curto prazo à
sua concentração nas mãos dos armadores de maior
dimensão, já foi, felizmente, removida", referiu
o eurodeputado. No entanto, entre as questões fraturantes,
Capoulas Santos antevê que o agendamento do fim das
rejeições (atirar borda fora o pescado que excede as
quotas ou abaixo das dimensões mínimas) será objeto
das mais duras negociações no que diz respeito aos prazos
a conceder aos Estados-Membros para a adaptação das suas
frotas a estes novos requisitos. Capoulas Santos salientou ainda o
envelope financeiro nacional para o sector das pescas e da aquicultura
para o período 2014/2020 como questão que espera ver
resolvida até ao final das negociações, de forma a,
afirmou, "acomodar o financiamento comunitário para a
modernização da frota portuguesa, sem aumento da sua
capacidade, como sempre tenho vindo a defender, e a que a
Comissão se tem vindo ferozmente a opor".
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Luís Paulo Alves participou numa reunião
com a Comissária das Pescas e dos Assuntos Marítimos,
Maria Damanaki, com os deputados das Regiões
Ultraperiféricas (RUP). A reunião teve lugar num momento
em que se debate, no PE, no âmbito da Reforma da Política
Comum de Pescas, o futuro regulamento sobre o Fundo Europeu dos Assuntos
Marítimos e das Pescas (FEAMP). Este novo regulamento irá
substituir o do atual Fundo Europeu das Pescas. Em virtude das
características específicas das RUP, no atual
período de programação está em vigor o
instrumento denominado vulgarmente como POSEI Pescas, programa que, quer
pela sua configuração para o tratamento dos problemas
específicos das RUP, quer pelo conjunto de medidas e
soluções que comporta, é da maior importância
para todos os profissionais da pesca e suas Organizações
nos Açores. Para o deputado, "esta é uma
matéria que interessa e preocupa os profissionais da pesca de
regiões como os Açores, onde o setor desempenha um papel
fundamental na economia local e é sustento para um grande
número de famílias dependentes da atividade
piscatória". Neste âmbito, de forma clara e
objetiva, o deputado açoriano questionou a Comissária
sobre se a CE pretende ou não extinguir o regime de
compensação dos custos suplementares relativos ao
escoamento de determinados produtos da pesca das regiões
ultraperiféricas dos Açores, da Madeira, das ilhas
Canárias, da Guiana Francesa e da Reunião, como um
regulamento específico para as RUP e inseri-lo no novo
regulamento FEAMP e se a Comissão admitia poder manter o
regulamento autónomo no futuro, dada a enorme relevância
que tal facto constitui para as populações dessas
regiões. Na opinião da Comissária Europeia, esta
matéria no que respeita ao regime POSEI deve ter um tratamento
igual aquele que vier a ser adotado para a agricultura, embora a
decisão final caiba sempre ao Colégio de
Comissários. Ou seja, se um se mantiver autónomo, o outro
também se deve manter. E acrescentou "seja como for,
quero que o apoio às RUP seja flexibilizado, como o Sr. Alves
defendeu, como para as questões de comercialização
ou outros custos adicionais. Aqui há total abertura, bem como
para aumentar as dotações de apoio ou para discutir a
possibilidade de mais apoios à modernização das
pequenas embarcações". Como resposta,
Luís Paulo Alves disse à Comissária que a sua
posição é positiva, na medida em que o
Comissário para a Agricultura, Dacian Ciolos, afirmou em
reunião com representantes das RUP que o POSEI Agricultura se vai
manter autónomo, como Regulamento separado da nova PAC. O
Comissário foi claro em relação à sua
posição e àquilo que vai defender no Colégio
de Comissários. Por isso, o deputado concluiu perante a
Comissária que "se o seu ponto de vista confluir com a
decisão que houver para a agricultura, como acaba de nos
transmitir, vemos que há aqui então uma margem para se
poder trabalhar no sentido de se manter o POSEI Pescas como um
regulamento específico para as RUP". Para o deputado,
"a UE é um projeto que só resulta se assentar no
princípio do desenvolvimento equilibrado das suas regiões.
Nesse pressuposto indispensável, às RUP, como os
Açores, foi atribuído pelos Tratados um estatuto especial.
Decidir pela descontinuidade do “POSEI Pescas” constitui um
mau precedente e um retrocesso na abordagem da Politica Europeia para as
RUP".
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A deputada Ana Gomes promoveu uma
conferência sobre o Sri Lanka, onde foi projetado o
documentário “No Fire Zone: The Killing Fields of Sri
Lanka”, sobre os crimes de guerra e contra a humanidade praticados
no final da guerra civil, em 2009, no Sri Lanka. A
projeção foi seguida de um debate com a presença de
Nicolas Beger, da Amnistia Internacional, Alan Keenan, da International
Crisis Group, Lotte Leicht da Human Rights Watch e o realizador do
documentário, Callum Macrae. O Presidente Interino do Mali,
Dioncounda Traoré veio ao Parlamento Europeu reunir com a
Subcomissão de Segurança e Defesa e as Comissões de
Desenvolvimento e Assuntos Exteriores. Ana Gomes questionou o Presidente
sobre a missão PCSD para treinar as forças de
segurança e defesa no Mali e também sobre a questão
dos Touaregs, que o Presidente considerou não ser a
"questão", salientando que o problema no Mali
eram os terroristas e os traficantes. A eurodeputada participou
também esta semana numa audição com a
presença do ativista chinês Chen Guangcheng, organizada
pelo deputado Edward McMillan Scott, sobre o tema "A
inevitável mudança na China".
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No debate esta semana em Bruxelas sobre o âmbito das
negociações entre a UE e os Estados Unidos para um tratado
de comércio e investimento, Vital Moreira (que
é relator da resolução do PE sobre o assunto)
defendeu que não deve haver nenhuma exclusão
explícita à partida, opondo-se assim à
exigência (sobretudo francesa) de afastar os serviços
audiovisuais (cinema, música, TV, espetáculos) das
negociações. Vital Moreira utilizou três argumentos:
(i) a exclusão é desnecessária para defender a
diversidade cultural na União, porque constitucionalmente a
Diretiva europeia sobre serviços audiovisuais não pode ser
posta em causa por nenhum acordo comercial e portanto não
está na mesa das negociações (garantia,
aliás, também já reiterada pela Comissão
europeia); (ii) a exclusão é excessiva, visto que afasta
toda e qualquer flexibilidade nesta matéria, para além da
salvaguarda da referida Diretiva; (iii) a exclusão é
altamente prejudicial, porque dá aos Estados Unidos o direito de
também excluir áreas que lhes interessa defender, e que
são as mais importantes para nós, nomeadamente o mercado
de compras públicas, os serviços de transportes
aéreos e marítimos, os serviços financeiros, as
indicações geográficas garantidas. Por isso,
concluiu Vital Moreira, a referida exclusão é um
"tiro no pé" da nossa parte, enfraquecendo
desnecessariamente a posição negocial da União
Europeia. A este propósito, Vital Moreira estranhou que o
Secretário de Estado da Cultura português, Barreto Xavier,
tivesse assinado uma carta, promovida pelo governo francês, a
aprovar a referida exclusão do setor audiovisual das
negociações com os Estados Unidos. Parecendo evidente que
Portugal só tem interesses "ofensivos" nestas
negociações e que não tem nenhuma vantagem em
secundar o hiperprotecionismo francês, e que portanto o governo
português não deve defender a referida exclusão
(desde logo porque desnecessária), é de perguntar quem
decide esta matéria em Lisboa: o Primeiro-Ministro e o Ministro
da Economia ou o Secretário de Estado da Cultura? Será que
também neste assunto, há dois governos em Lisboa?
Eventos da semana
Esta semana, em Bruxelas, Vital Moreira, presidiu a uma reunião
do "trílogo" - Parlamento, Conselho e Comissão
Europeia - sobre a adaptação da legislação
comercial da UE ao Tratado de Lisboa (Omnibus II). Vital Moreira manteve
um encontro com a imprensa internacional sobre a
preparação das negociações do acordo de
comércio entre a UE e os EUA (de que é relator) e
participou num debate sobre o acordo de comércio entre a UE e os
EUA, promovido pelo grupo do Partido Popular Europeu, bem como, num
encontro promovido pelo grupo dos Socialistas e Democratas com
instituições da sociedade civil sobre o comércio
justo e o seu papel no crescimento sustentável. No próximo
domingo, já em Portugal, Vital Moreira será homenageado
com a Medalha de Ouro da Ordem dos Advogados.
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O eurodeputado António Correia de Campos foi o
orador convidado pela Associação portuguesa de
gestão e Engenharia industrial (APGEI) para falar num jantar
debate sobre o tema "O Futuro da Europa e o de Portugal na
Europa" que decorreu dia 13 de maio, no Porto. Na sua
intervenção António Correia de Campos abordou a
presença de Europa e a questão da crise financeira
atual e o seu impacto em Portugal, um dos países sob
intervenção da Troika, referindo que "o
tratamento não está a resultar. Quanto mais nos deixamos
sangrar, menos energia geramos, menos produzimos, menos cumprimos. Nova
sangradura, novo desalento, mais desemprego, mais gasto público
compensatório, mais impostos, menos receitas, mais cortes, mais
"poupança". As palavras cortes, impostos e
poupanças, usadas para disfarçar a realidade,
caíram na triste sorte da sinonimia". Para o deputado
socialista, "foi só quando se tornou evidente o risco de
contágio da doença aos supostos saudáveis, que os
credores começaram a despertar. Foi preciso vir de fora da Europa
o clamor de protesto: das Américas, dos BRIC, do Japão:
é necessário parar a abstinência e fazer regressar o
doente à alimentação natural! Antes que ele seja
condenado a alimentação parentérica e a repouso
terminal". Para Correia de Campos, "o maior bloco
económico exportador (que ainda o é), um mercado de 500
milhões de consumidores, de mais elevado rendimento per capita a
nível do globo, uma reunião de 28 estados com
história e cultura próprias, 23 línguas nacionais,
dotado de uma moeda forte com 15 anos de vida, em 18
nações, uma gigantesca incubadora de conhecimento e
inovação (...) um continente assim, com esta
história, cultura, conhecimento e prática, não pode
esmorecer". Concluiu: "trilhar um caminho de rigor
orçamental, financeiro e bancário que após
hesitações infantis parece agora mais claro, passa
pela criação de uma justa taxa sobre as
transações financeiras, de mecanismos de financiamento do
investimento, como as obrigações de desenvolvimento, bem
como a mutualização de parte das dívidas soberanas,
por meio de obrigações de estabilidade
(eurobonds)".
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A deputada Edite Estrela participou recentemente no
debate organizado pela concelhia de Braga da JS sobre o tema
"Europa...Quo vadis?!". Preocupada com o estado atual da
Europa e o seu futuro, a JS de Braga pretendeu analisar a
situação política e social atual da União
Europeia tendo como oradora convidada a presidente da
Delegação Socialista Portuguesa no PE. Edite Estrela
respondeu às várias questões colocadas pelos
participantes, sobre temas relacionados com a demografia, o
envelhecimento da população portuguesa, a baixa da taxa de
natalidade e o aumento da emigração dos jovens. Foram
igualmente abordados assuntos relacionados com a génese da crise
económica, a ausência de uma resposta por parte da UE,
nomeadamente ao nível orçamental, e o papel dos
socialistas, portugueses e europeus, no processo de
integração europeia. A eurodeputada socialista afirmou que
"no atual contexto internacional, é preciso que a Europa
assuma as suas responsabilidades e transmita confiança aos
cidadãos. Independentemente de todos os ceticismos, a ideia
fundadora de Jean Monet e dos que o acompanharam, há 60 anos,
mantém atualidade e é indispensável à
estabilidade mundial e ao bem-estar da Humanidade. O Mundo precisa de
uma União Europeia forte, coesa e prestigiada na cena
internacional, que lidere o combate aos desafios globais e a
resolução dos conflitos mundiais. E nós, europeus,
precisamos de mais Europa, de uma Europa liderada por pessoas de
convicções, determinadas e corajosas".
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A deputada Elisa Ferreira participa nos dias 17 e 18
de maio, em Macau, na conferência sobre a crise europeia,
promovida pela Associação de Estudos Europeus da
Ásia Pacífico, na qual é também orador o
ex-ministro das Obras Públicas João Cravinho. A
conferência anual da associação é dedicada
este ano ao tema "Reavaliar a relação entre os
países da União Europeia e da Ásia Pacífico
no contexto da crise da União Europeia". À chegada a
Macau, a eurodeputada portuguesa e coordenadora dos Socialistas Europeus
para os Assuntos Económicos defendeu que a crise global deve ser
aproveitada pelas novas e velhas potências mundiais para criar
"plataformas de diálogo abertas" e convergir
sobre questões como o ambiente, direitos humanos e laborais.
"No mundo atual, e estando aqui numa plataforma de interface
com uma grande potência que é a China, penso que convinha
(…) que se aproveite esta crise global para que as grandes
potências, as velhas e as novas, se encontrem e criem plataformas
de diálogo, francas, abertas, e convirjam sobre alguns
níveis que precisam de ser aceites horizontalmente por toda a
gente", afirmou Elisa Ferreira.
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* A deputada Edite Estrela acolheu esta semana no
Parlamento Europeu, em Bruxelas, um grupo de 30 alunos da Universidade
Aberta. A eurodeputada socialista teve oportunidade de informar os
visitantes sobre o trabalho de um deputado europeu, o funcionamento do
Parlamento Europeu, o futuro da Europa e os principais desafios que se
colocam à UE.
* António Correia de Campos recebeu esta semana
uma alta condecoração chilena atribuída pelo
Presidente da República do Chile, Sebastián Piñera.
A condecoração, Ordem Bernardo O'Higgins, grau de
Grande oficial destinada a galardoar não-nacionais, foi
atribuída a Correia de Campos pelo papel que tem vindo a
desempenhar no estreitamento das relações entre a
União Europeia e o Chile, enquanto Presidente da
Delegação Parlamentar Mista UE/Chile, numa
cerimónia que decorreu na Embaixada do Chile em Bruxelas.
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