|
 |
|
 |
O Parlamento Europeu aprovou esta semana, na reunião
plenária de Estrasburgo, por larga maioria, o relatório de
Vital Moreira sobre as negociações de um
tratado de comércio e investimento entre a União Europeia
e os Estados Unidos. Como relator, Vital Moreira, referiu que o primeiro
objetivo desta resolução é apoiar inequivocamente a
iniciativa da Comissão Europeia e estabelecer as linhas gerais em
que devem assentar as respetivas negociações.
«Todos os estudos e análises existentes mostram grandes
ganhos em termos de crescimento e emprego. Um acordo ambicioso e
abrangente com os Estados Unidos da América pode ser um forte
estímulo, aliás barato, para as nossas economias, numa
altura em que bem dele precisamos», declarou Vital Moreira. A
resolução, fruto de um compromisso entre vários
grupos políticos, é bastante equilibrada e refere tanto as
áreas ofensivas da União Europeia - como são o
setor dos transportes aéreos e marítimos, o mercado de
compras públicas, os serviços financeiros e as
indicações geográficas - como áreas
defensivas para a União - por exemplo, a segurança
alimentar, os serviços culturais e audiovisuais e a
proteção de dados pessoais. A este respeito Vital Moreira
esclareceu que «apesar da pouca margem de manobra da
União nestes setores sensíveis, não apoia a
exclusão à partida de certas matérias das
negociações. Primeiro, porque tal não é
necessário para defender as nossas posições nas
referidas questões sensíveis. Segundo, porque ao excluir
alguns setores, estamos a dar aos EUA o mesmo direito de excluir o que
lhe mais interessa. Terceiro, se estreitamos o âmbito da
negociação, menor espaço haverá para os
necessários compromissos e "trade-offs"». O
acordo de comércio e investimento com os EUA não
será um acordo comercial como os outros. Não se trata
somente de remover os direitos de importação e reduzir as
barreiras legais existentes à prestação
transfronteiriça de serviços e ao investimento
recíproco. Com efeito, muitos dos obstáculos às
trocas económicas entre a UE e os EUA consistem em
diferenças regulatórias (standards técnicos, normas
de segurança, regras de supervisão financeira, etc). O que
se espera deste acordo é a máxima
harmonização ou compatibilização
possível, de modo a criar um verdadeiro mercado
transatlântico. Além disso, o acordo visa aprofundar a
regulação do comércio internacional. «O
acordo de comércio e investimento com os EUA tem também
por objetivo aprovar regras comuns onde elas não existem ou
são insuficientes no plano global, como sucede em
relação aos investimentos, às
restrições às exportações, à
energia, etc. Do que se trata é de afirmar a liderança
comum na regulação do comércio internacional. Se o
não fizermos agora, outros o farão sem nós no
futuro», afirmou Vital Moreira. Ao tomar esta
resolução antes da decisão do Conselho sobre o
mandato negocial, o Parlamento Europeu sublinha a sua
disposição para acompanhar estreitamente este processo.
«Anunciamos no início do processo negocial a nossa
decisão de reforçar os mecanismos de escrutínio
parlamentar para esse efeito. Esta negociação não
vai ser fácil. O Parlamento Europeu quer dar a sua
contribuição para reforçar o poder negocial da
União na defesa dos nossos interesses e dos nossos
valores», concluiu Vital Moreira.
Eventos da semana
Esta semana Vital Moreira, além de ter participado na
reunião plenária do PE em Estrasburgo, presidiu à
reunião do steering group da conferência inter-parlamentar
da Organização Mundial do Comércio.
|
|
 |
|
|
 |
 |
|
 |
Na sessão plenária de Estrasburgo desta semana,
Ana Gomes salientou a importância da
criação de um mecanismo europeu para facilitar a
recuperação de bens nos países da Primavera
Árabe: "A União Europeia (UE) tem a
obrigação moral de apoiar estes países na
transição democrática que enfrentam, o que passa
desde já por ajudá-los no processo de
recuperação de bens roubados pelos antigos
ditadores" afirmou a deputada. A eurodeputada socialista
é autora da resolução que foi esta semana aprovada
por maioria esmagadora no PE e que exige ação imediata da
UE e dos seus Estados Membros no apoio técnico e político
aos esforços para a recuperação dos bens
roubados por parte da Tunísia, Egito e Líbia. No debate
sobre a Síria, Ana Gomes sublinhou mais uma vez que é
urgente que o Conselho de Segurança das Nações
Unidas adopte uma resolução baseada na Responsabilidade de
Proteger para poupar o povo sírio a mais massacres.
"Só uma solução política pode
impedir a crise humanitária de se agravar" explicou,
"e essa solução tem de passar pela
capacitação de uma oposição
democrática no país e por diplomacia robusta com Moscovo e
Pequim, em privado e em público, incluindo por
megafone", para que deixem de bloquear a ação do
Conselho de Segurança. Ana Gomes interveio também no
debate sobre paraísos fiscais e evasão fiscal. A deputada
voltou a expor o escândalo da "amnistia fiscal" que o
Governo português, com a bênção da Troika,
concedeu aos criminosos fiscais em 2012 e realçou a
importância da troca de informação automática
no combate à evasão fiscal na União Europeia e
globalmente. "A Áustria e o Luxemburgo têm de ser
nomeados e envergonhados por a obstruírem", sublinhou.
Tendo em vista a reunião do Conselho Europeu desta semana,
Ana Gomes enviou uma carta aberta aos Chefes de Estado e de Governo dos
Estados-Membros da União Europeia, ao Presidente da
Comissão Europeia e ao Presidente do Conselho Europeu, pedindo a
aprovação da revisão da Diretiva relativa à
tributação da poupança. Ana Gomes apela
igualmente ao estabelecimento de uma Comissão de Verdade e
Justiça para investigar os paraísos fiscais internacionais
e as jurisdições sigilosas de uma forma aprofundada e
independente. Ana Gomes participou no debate da Comissão de
Assuntos Exteriores do PE, dia 23, sobre as negociações
para um Acordo de Associação entre a UE e a Ucrânia:
"Notaram-se as reformas essenciais em curso e as que ainda
têm de se concretizar, sublinhou-se que o PE quer ver libertada a
Sra. Tymoshenko e ouviram-se apelos lúcidos e incisivos dos
deputados da oposição ucraniana Lyese Oroberts e Pavlenko,
que sublinharam não dever ser desperdiçada esta
oportunidade única para aproximar a Ucrânia da UE e da
democracia, em vez de empurrar o país para os braços da
Rússia".
|
|
 |
|
|
 |
 |
|
 |
A deputada Elisa Ferreira exortou esta semana a
Comissão Europeia "a avançar, com a máxima
rapidez, com as peças que faltam na União Bancária,
a forçar o Conselho a aceitar avançar com o que falta,
porque se esse atraso se mantiver, podemos fazer desmoronar aquilo que
entretanto já construímos". A deputada e
porta-voz dos Socialistas Europeus para os Assuntos Económicos
participou no debate no plenário de Estrasburgo sobre o mecanismo
único de supervisão bancária, acordado entre os
negociadores do Parlamento Europeu e do Conselho em finais de
março. Elisa Ferreira sublinhou a importância das
posições alcançadas pelo Parlamento no dia 20 de
maio sobre a legislação europeia para tratar da
"resolução" de bancos em crise, outra
peça essencial da União Bancária. "Os
acionistas e outros credores sofrerão, de facto, perdas em caso
de falência, não os contribuintes. O leque de ativos
envolvidos é amplo e a hierarquia de perdas fica muito
clarificada", assinalou. "Os bancos
alimentarão fundos de resolução nacionais,
depósitos até 100 mil euros serão garantidos e os
restantes terão preferência, isto é, serão a
última categoria a sofrer perdas e só por razões de
estabilidade financeira", afirmou. No entanto, a deputada
destacou dois riscos: 1) seria gravíssimo que, na mesma
União, com a mesma supervisão e as mesmas regras para os
bancos, em alguns países se fizesse o "bail-in", com
perdas para acionistas e credores, e noutros, os países mais
fortes, se mantivesse o "bail-out", isto é, o
envolvimento dos contribuintes; 2) a fonte principal de confiança
para os cidadãos é a garantia dos seus depósitos,
mesmo acima dos 100 mil euros. Foi isto que os Estados Unidos entenderam
logo após a Grande Depressão. Não é
admissível que, numa União Bancária, as
poupanças e os fundos das pequenas empresas acima dos 100 mil
euros fiquem em risco, se depositadas num banco de um país mais
frágil, e totalmente seguras, se o banco for originário de
um país mais forte. A eurodeputada socialista deixou ainda um
alerta: "Estamos a caminhar na direção certa, mas
sem um mecanismo de resolução único e sem fundos de
garantia de depósitos e fundos de resolução, se
não for possível comuns, que era o ideal, mas pelo menos
geridos de forma coordenada, podemos gerar riscos insuportáveis
não só para a União Bancária mas
também para a União Europeia".
|
|
 |
|
|
 |
 |
|
 |
O deputado Capoulas Santos pediu esta
semana esclarecimentos a Durão Barroso por considerar
"absurdo" o facto de a Comissão Europeia ter abandonado
a sua proposta de tornar obrigatório o uso de embalagens
invioláveis de azeite na restauração. Numa carta
enviada ao presidente da Comissão Europeia, o eurodeputado
socialista afirma que a decisão da Comissão que recua face
à sua intenção inicial representa uma "atitude
subserviente" e "inaceitável". O executivo
comunitário decidiu recentemente tornar obrigatório o uso
de embalagens invioláveis de azeite na restauração
e afins. Tal decisão em nome da proteção dos
consumidores obriga os restaurantes na UE a trocar os tradicionais
galheteiros por embalagens seguras permitindo evitar possíveis
fraudes de rotulagem ou de adulteração do produto com a
adição de outros óleos vegetais.
"Incompreensivelmente, foi desencadeada uma campanha contra esta
medida, que incluiu o próprio Primeiro-ministro britânico,
com o argumento absurdo de que tal provocaria um acréscimo de
lixo, como se uma infinidade de outros produtos alimentares não
fosse igualmente comercializada em pequenas embalagens", afirma o
deputado na carta dirigida a Durão Barroso. "Porém, o
que me deixou perplexo e indignado foi a Comissão Europeia ter
decidido de imediato retirar a proposta", escreve Capoulas Santos.
Segundo o deputado português a decisão é
"inaceitável" porque revela uma "atitude
subserviente" face a grupos de pressão cuja
motivação e objetivos visam claramente atingir a imagem de
um produto saudável e de qualidade que tem vindo a crescer na
preferência dos consumidores de forma sustentável à
escala mundial. "Este recuo da Comissão é tão
absurdo quanto seria a declaração de obrigatoriedade da
venda de whisky a granel", afirma o parlamentar. Capoulas Santos
conclui a missiva solicitando a Durão Barroso que, ao abrigo das
disposições regimentais aplicáveis, "se
digne" informá-lo com urgência das razões
objectivas que determinaram esta decisão, no preciso mês em
que foi tomada decisão contrária.
|
|
 |
|
|
 |
 |
|
 |
A deputada Edite Estrela interpelou recentemente a
Comissão Europeia sobre alegadas práticas de "dumping
social" levadas a cabo pela empresa portuguesa
«Açomonta» no Luxemburgo. A eurodeputada socialista
dá assim seguimento às denúncias do sindicato
luxemburguês OGB-L que acusou, em comunicado, os
responsáveis daquela empresa de praticar "escravatura
moderna". A central sindical descreveu várias
práticas da empresa portuguesa que violam as regras do
destacamento europeu, incluindo pagamento de salários inferiores
ao que prevê a lei e horas de trabalho que não respeitam
"o repouso obrigatório". Segundo o sindicato, os
trabalhadores portugueses em vez de receberem o salário de acordo
com a legislação do Luxemburgo, que ronda os 2400 euros
brutos, "não recebem mais que 300 a 700 euros por
mês", porque lhes são descontados "a viagem, o
transporte e a alimentação". Edite Estrela interpelou
a Comissão sobre esta situação e as medidas que o
executivo comunitário pensa tomar para melhor garantir a
aplicação da Diretiva 96/71/CE relativa ao destacamento de
trabalhadores no âmbito de uma prestação de
serviços. O comissário do Emprego e dos Assuntos
Sociais, László Andor, respondeu que o acompanhamento e o
cumprimento das condições de trabalho e da
remuneração efetiva integram os principais domínios
de competência dos Estados-Membros. Por outro lado, a deputada
Edite Estrela também interpelou a Comissão sobre as
medidas que tenciona adotar para promover um sentimento
pró-europeu nos diferentes Estados-Membros e para dar a conhecer
de maneira mais eficaz os direitos decorrentes da cidadania europeia. A
deputada refere os últimos resultados do Eurobarómetro
sobre "cidadania da União Europeia" segundo os quais o
sentimento de cidadania europeia não é correspondido pelo
conhecimento dos direitos associados. Edite Estrela refere ainda
"que os resultados mostram que o grau de interação
dos portugueses com outras realidades da União Europeia é
muito baixo". A Comissão deu razão à deputada
socialista, reconhecendo que a falta de acesso fácil dos
cidadãos à informação sobre os seus direitos
é um dos obstáculos principais que os cidadãos da
UE enfrentam atualmente. Ao longo de 2013, durante o "Ano
Europeu dos Cidadãos", a Comissão compromete-se a
trabalhar mais para que os cidadãos conheçam os direitos
resultantes da cidadania europeia em Portugal e na UE.
|
|
 |
|
|
 |
 |
|
 |
Foi recentemente reconhecida pela Comissão de Desenvolvimento
Regional, do Parlamento Europeu (PE), a importância de tratar os
sistemas energéticos das Regiões Ultraperiféricas,
através de programas que tenham em conta as suas
características específicas de sistemas isolados.
Tratando-se de uma questão de importância crucial para os
Açores, Luís Paulo Alves na continuidade
das ações que empreendido, em conjunto com o relator e com
outros eurodeputados oriundos das Regiões Ultraperiféricas
(RUP) da Europa, encetou uma proposta de compromisso, aprovada pelos
principais grupos políticos, que chama a atenção
para a necessidade de promover ações que aproveitem o
potencial de energia renovável das RUP, instando a
Comissão Europeia e os Estados Membros a estabelecerem um
Programa Específico no campo da energia renovável à
semelhança do regime POSEI para as ilhas e outras áreas
remotas, onde a dependência de combustível é
agravada pela distância e isolamento geográfico.
Luís Paulo Alves viu ainda aprovado um conjunto de outras
propostas da sua autoria pela Comissão de Desenvolvimento
Regional, com vista a explorar o potencial único que apresentam
as regiões como os Açores, num relatório de
iniciativa do Parlamento dirigido ao tratamento das energias
renováveis no mercado interno da energia da União Europeia
(UE). O eurodeputado açoriano viu aprovada uma
recomendação que refere que a integração e
expansão das energias renováveis, contribui de forma
significativa para a redução dos custos ambientais das
fontes convencionais de energia, reduzindo o uso de combustíveis
fósseis e as emissões de gases de efeito de estufa,
além de que contribuem para o aumento da competitividade e da
criação de emprego sustentável nas nossas
regiões. O relatório, sem carácter legislativo, foi
proposto por iniciativa do PE com o objetivo de alertar a
Comissão Europeia para a necessidade de um mercado interno da
energia forte competitivo e sustentável, em todas as
regiões da UE, com a ressalva feita às regiões que
precisam ver os seus constrangimentos mitigados. Trata-se, portanto, de
mais um passo no caminho há muito traçado e desenvolvido
pelas Regiões Ultraperiféricas e pelos seus eurodeputados
para a criação de um Programa tipo Posei para a energia
que permita responder adequadamente aos desafios que os seus sistemas
energéticos isolados colocam e que promova a equidade e a
sustentabilidade destas regiões face ao resto da Europa.
|
|
 |
|
|
 |
 |
|
 |
«Não é legítimo que se bloqueie o
Orçamento Europeu, e que não haja qualquer política
de crescimento e de investimento europeu, por falta de recursos e que ao
mesmo tempo se deixe um montante oito vezes superior ao Orçamento
Europeu escapar por via da fraude e da evasão
fiscais», afirmou esta semana Elisa
Ferreira, em Estrasburgo. No debate em plenário sobre o
Conselho Europeu do dia seguinte, onde Elisa Ferreira defendeu estar em
jogo «muita da credibilidade europeia». Quando os
líderes dos 27 se preparavam para discutir as formas de combater
a fraude e a evasão fiscais, a coordenadora socialista para os
assuntos Económicos e Monetários lembrou que
«não é legítimo que o Conselho imponha
cargas fiscais insuportáveis aos cidadãos e às
pequenas e médias empresas enquanto deixa fugir um bilião
de euros com a sua apatia». Criticando o «fechar de
olhos» do Conselho a «práticas de insuficiente
cooperação» de países como o Luxemburgo,
os Países Baixos, o Reino Unido, a Irlanda e a Áustria, e
a recusa em mandatar a Comissão para negociar com outros
conhecidos paraísos fiscais como a Suíça, o
Liechtenstein, o Mónaco ou Andorra, Elisa Ferreira defendeu que
chegou a hora de o Conselho Europeu «clarificar que interesses
defende» sob pena de perder «legitimidade
democrática».
|
|
 |
|
|
 |
Se no conseguir visualizar correctamente este email clique aqui
Para mais informaes consulte a pgina dos Socialistas Portugueses no Parlamento Europeu: https://www.pseuropa.pt/pspe/
Para remover o seu email desta mailling list por favor clique aqui
Ao abrigo do decreto/lei 67/98 de 26 de Outubro, de regulao do tratamento automatizado de dados de caracter pessoal, o utilizador poder aceder aos seus dados, rectificar ou cancelar os mesmos. |