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A eurodeputada socialista Ana Gomes recebeu esta
semana, em Bruxelas, o Prémio por "Outstanding
Contribution" (Contribuição Excepcional)
atribuído pela revista The Parliament Magazine, em reconhecimento
pelo trabalho feito no Parlamento Europeu (PE). A categoria de
"Outstanding Contribution" é a única dos MEP
Awards que não é votada pelos pares e que resulta de uma
escolha do corpo editorial da The Parliament Magazine, com a
contribuição de vários atores políticos
(ONGs, media, lóbis) em Bruxelas, com o fim de distinguir um
deputado cujo trabalho se destaque de forma excepcional e transversal.
Ana Gomes viu também aprovado esta semana, na Comissão dos
Assuntos Externos, o seu relatório sobre
"Corrupção nos sectores público e privado: o
impacto nos direitos humanos em países terceiros", que
inclui a proposta de criminalização do enriquecimento
ilícito. O relatório do PE visa dar uma nova
abordagem a políticas de luta contra a corrupção,
baseada nos Direitos Humanos, reforçando a consciência
geral de que, para além dos fundos públicos, os direitos
individuais e as oportunidades dos cidadãos são igualmente
afectados pela corrupção. "Temos de
avançar com propostas concretas para que a UE e os Estados
Membros eliminem factores que os tornem cúmplices ou negligentes
com atividades de corrupção em países terceiros: em
vários domínios da política externa europeia, como
a ajuda ao desenvolvimento, operações humanitárias,
de paz e estabilidade, a responsabilidade social das multinacionais
europeias e cooperação internacional", defendeu
a eurodeputada. Do relatório constam também propostas para
o plano interno europeu, sobretudo no sentido da revisão da
jurisdição e leis criminais dos Estados-Membros da UE,
como a introdução da criminalização do
enriquecimento ilícito, a jurisdição universal
sobre crimes de suborno ou peculato de fundos públicos e a
descriminalização da difamação. O
relatório será votado em plenária em outubro este
ano. A deputada socialista foi moderadora do Seminário sobre a
"Crise Humanitária na Síria", organizado pelo
grupo dos Socialistas e Democratas no PE, com a
participação de ativistas sírios e dos embaixadores
dos países vizinhos afectados.
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O Parlamento Europeu, o Conselho da UE e a Comissão Europeia
alcançaram esta semana um consenso sobre alguns dos principais
capítulos da reforma da Política Agrícola Comum
para o período 2014-2020 muito importantes para Portugal. O
negociador do Parlamento para a reforma, Capoulas
Santos, mostrou a sua satisfação em
relação ao resultado das negociações entre
as três instituições comunitárias mas
lamentou a falta de acordo sobre os envelopes nacionais das ajudas,
capítulo que o Conselho de Ministros recusou negociar.
Após mais de dois anos de trabalho intenso e de uma maratona de
negociações que durou vários meses, o deputado
português e relator do PE destaca a importância que a
instituição assumiu neste processo na sua qualidade de
colegislador em matéria de política agrícola comum
que representa quase 40% do orçamento da UE. "O papel do
Parlamento deu frutos e permitiu colocar na agenda das
negociações questões chave para os cidadãos
europeus", afirma o mandatário do PE nas
negociações. De especial interesse para Portugal, Capoulas
Santos sublinha os seguintes pontos: majoração
obrigatória do pagamento para os jovens agricultores;
adaptação do quadro dos apoios à
irrigação à realidade de países como
Portugal; proibição de entidades como aeroportos ou campos
de golfe de beneficiarem de ajudas da PAC. Graças ao trabalho do
eurodeputado socialista foi também possível consagrar no
acordo da PAC os seguintes aspectos de especial importância para
Portugal: o reforço das ajudas para os pequenos agricultores,
através do estabelecimento de um regime especial e de um
pagamento redistributivo - que corta aos maiores para dar aos mais
pequenos - que permitirá majorar o pagamento dos primeiros 30 ha
das explorações; a convergência interna das ajudas
com um mecanismo "travão" das perdas para evitar o
colapso de alguns setores de atividade como o leite e o tomate; a vinha
e o olival ficam excluídos das medidas de
diversificação de culturas previstas no designado
"greening" do primeiro pilar das ajudas da PAC, evitando assim
o arranque despropositado de culturas tão importantes para o
país. Apesar do importante acordo sobre estes pontos, o
mandatário do PE mostra-se cauteloso já que
"há aspectos em relação aos quais
não nos foi dada oportunidade de negociar porque os ministros da
Agricultura foram desautorizados para tal pelos seus chefes de Estado e
de governo". Capoulas Santos lamenta a recusa dos ministros da
Agricultura em negociar a repartição dos envelopes
nacionais das ajudas pelos Estados-membros. Nas últimas semanas,
um "braço de ferro" entre o ministro irlandês da
agricultura, Simon Coveney e o mandatário do PE, Capoulas Santos,
conduziu a um impasse negocial sobre cinco questões essenciais da
reforma, com incidências financeiras com forte impacto para
Portugal. Segundo a presidência irlandesa tais matérias
seriam da competência do Conselho Europeu (Chefes de Estado e de
Governo). Segundo o deputado, de acordo com as regras da
codecisão do Tratado de Lisboa, o poder de decisão estaria
no Conselho Agrícola e no PE. O Conselho Europeu de esta semana
que fechou a negociação com o Parlamento e a
Comissão sobre o Quadro Financeiro Plurianual 2014/20 decidiu
não se pronunciar sobre as questões financeiras da PAC
pelo que a negociação terá de ser reaberta no local
próprio como sempre defendido pelo deputado português. As
negociações da PAC sobre os envelopes financeiros a
distribuir pelos Estados-membros e outros capítulos importantes
para Portugal voltam assim ao ponto de partida. Capoulas Santos, espera
que desta vez a próxima presidência do Conselho da UE, a
cargo da Lituânia, não se furte a negociar com as restantes
instituições comunitárias.
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Foi recentemente aprovada uma opinião da Comissão de
Agricultura do PE sobre a Proposta de revisão da Diretiva
relativa aos Produtos de Tabaco, que coloca em risco a continuidade dos
maços de tamanho regular produzidos nos Açores. A proposta
da Comissão impõe que 75% da área externa das
embalagens de tabaco seja ocupada com advertências de
saúde. Mas vai mais longe, exigindo que as dimensões
destas advertências não sejam inferiores a 64mm de altura e
a 55mm de largura, colocando desta forma em risco a
produção das duas fábricas de tabaco dos
Açores cuja produção é de 30% e de 50% deste
tipo de cigarros, e que empregam diretamente 133 trabalhadores.
Luís Paulo Alves que tinha realizado
alterações no sentido de garantir a continuidade dos
maços de tamanho regular, bem como várias reuniões
com o relator desta Opinião e até uma audiência com
o Comissário Europeu para a Saúde, para se assegurar de um
bom resultado para os Açores, congratulou-se com os resultados
alcançados visto as dimensões de 64mm e 55mm das
advertências terem sido excluídas desta Opinião, o
que significa uma posição da Comissão de
Agricultura a favor da continuidade dos maços de tamanho regular
fabricados nos Açores. Esta matéria seguirá agora
para a Comissão de Saúde Pública do Parlamento
Europeu, Comissão responsável por este assunto, e onde o
deputado introduziu mais propostas e realizou várias
reuniões com a relatora responsável, assegurando que a
defesa da produção dos maços de tamanho regular
açorianos está contemplada nos compromissos finais
firmados pelos diferentes grupos políticos, sendo que depois esta
matéria terá de ser ainda aprovada no Plenário do
Parlamento Europeu.
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A deputada Edite Estrela defendeu em Bruxelas a
necessidade de envidar esforços para apoiar a plena
integração das pessoas com deficiência na sociedade.
A eurodeputada presidiu à 11ª reunião do Grupo de
Interesse do Parlamento Europeu sobre Doenças Reumáticas e
Musculoesqueléticas, que juntou eurodeputados, representantes da
Comissão Europeia, de organizações de doentes e do
setor da saúde, e onde foram debatidas as políticas de
integração das pessoas com deficiência na sociedade.
"A inclusão não é apenas uma
questão de justiça. É também uma
questão social e económica", afirmou a
eurodeputada. "A integração plena das pessoas com
deficiência representa um benefício para as economias, ao
contribuir para aumentar a produtividade, e este é também
um elemento importante a ter em conta, sobretudo em tempos de crise. As
políticas destinadas a promover a inclusão devem ser
vistas como um investimento com retornos importantes para a
sociedade". Edite Estrela sublinhou a importância de a
União Europeia e os Estados-membros aplicarem a
Convenção das Nações Unidas sobre os
Direitos das Pessoas com Deficiência, no sentido de se criar uma
Europa sem barreiras para as pessoas com deficiência. Já em
Lisboa, Edite Estrela reuniu com representantes da
Associação Portuguesa dos Doentes de Parkinson, onde foram
abordados temas como a acessibilidade aos cuidados de saúde e a
necessidade de reforçar os apoios para melhorar a qualidade de
vida dos doentes de Parkinson.
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Falando esta semana num encontro da Federação Europeia
das Indústrias e Associações Farmacêuticas
(EFPIA), Vital Moreira pôs em relevo o desempenho
económico e a competitividade externa da indústria
farmacêutica da União Europeia (UE). Em primeiro lugar,
trata-se de uma indústria que aguentou a crise económica
dos últimos anos muito melhor que outros setores da economia
europeia. Em segundo lugar, a indústria não cessa de
aumentar as suas exportações, apesar da nova
competição dos países emergentes (Índia,
Brasil, China), consolidando assim o considerável saldo da
balança comercial da UE no setor. Vital Moreira apontou a
indústria farmacêutica europeia como um exemplo da aposta
europeia numa economia baseada no conhecimento, na
investigação, na inovação, criando elevado
valor acrescentado e gerando empregos de alta qualidade. Se a
União não pode deixar de importar o que lhe faz falta -
energia, matérias-primas, alimentos - e produtos baseados em
baixos salários e baixos padrões ambientais - em que
não pode competir com outras economias menos desenvolvidas -,
já não precisa de importar aquilo de que dispõe e
que lhe confere vantagem competitiva, ou seja, o talento e as
qualificações técnicas e profissionais.
Eventos da semana:
Esta semana, em Bruxelas, Vital Moreira presidiu à
reunião do trílogo - Parlamento, Conselho e
Comissão - sobre a decisão de assistência
macrofinanceira à República do Quirguistão, da qual
é relator. Vital Moreira reuniu, ainda, com uma
delegação do Comité Económico e Social
Europeu e com uma comitiva da Comunidade Intermunicipal do Oeste
(OesteCIM), constituída por Presidentes de Câmara e
representantes dos 12 municípios da região.
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O deputado Correia de Campos esteve presente esta
semana na apresentação do estudo "Da economia sombra
à economia formal. Igualdade de condições de
concorrência no mercado único" na Comissão do
Mercado Interno do Parlamento Europeu. Segundo este estudo, da autoria
da London School of Economics, a economia sombra em 2012 estimava-se na
ordem dos 2.35 mil biliões de euros e representa um grande
desafio para o mercado Interno que enfrenta dificuldades
orçamentais substanciais, havendo assim uma pressão sobre
as empresas que trabalham dentro da legalidade e, consequentemente,
limitando o seu potencial de crescimento. No final da
apresentação, o eurodeputado socialista interpelou os
autores manifestando-se "surpreendido com o nível de
evasão existente na UE" e questionando os autores
quanto à "a viabilidade de se reduzir para 5% esta
economia sombra até 2020 (varia entre 0 e 20% nos 27 Estados
Membros), como consta no estudo". Referiu ainda, na sua
intervenção, a questão dos acordos bilaterais de
luta contra a evasão fiscal, salientando a necessidade de ser
atribuída uma qualificação oficial a esta forma de
as empresas se furtarem ao pagamento de taxas e impostos. O
responsável pelo estudo, em resposta ao deputado Correia de
Campos salientou que os 5% são um objetivo otimista mas que
é urgente delinear um plano para salvaguardar a economia formal
europeia e aprofundar desta forma o mercado interno.
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* Os eurodeputados socialistas Edite Estrela e
Correia de Campos, o presidente da Câmara de
Viana, José Maria Costa, o deputado de Viana à Assembleia
da República, Jorge Fão, e dois representantes da
comissão de trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do
Castelo, vão reunir-se dia 2 de julho, em Estrasburgo, com o
comissário da concorrência, Joaquin Almunia, para abordar a
situação dos Estaleiros Navais.
* Edite Estrela acompanhou a visita oficial do
presidente do PE a Lisboa, tendo sido uma das oradoras no
seminário sobre "O reforço da
participação dos cidadãos nas
eleições europeias". A eurodeputada socialista
interveio no painel sobre "o impacto das políticas europeias
na vida quotidiana dos cidadãos", tendo começado por
sublinhar a importância das eleições de 2014 no
quadro do Tratado de Lisboa como forma de mobilizar os cidadãos e
combater a abstenção, uma vez que os partidos
políticos europeus já se comprometeram a apresentar um
candidato próprio à presidência da Comissão e
um programa político para o governo da União, o que pode
ajudar os cidadãos a distinguir os projetos políticos
apresentados pelas diferentes famílias políticas
europeias. Edite Estrela referiu algumas consequências das
políticas europeias na vida dos cidadãos europeus em geral
e dos portugueses em especial, tendo criticado as políticas de
austeridade que destruíram a economia, lançaram
milhões de trabalhadores no desemprego e impedem seis
milhões de jovens de aceder ao mercado de trabalho. A deputada
deu o exemplo da revisão da Diretiva sobre a licença de
maternidade, de que é relatora, para demonstrar as
vicissitudes do processo legislativo de codecisão e como o
Conselho pode bloquear uma iniciativa legislativa favorável
à generalidade das famílias. Edite Estrela esteve ainda
presente na cerimónia de atribuição da Chave da
Cidade de Lisboa a Martin Schulz, pelo presidente da Câmara
Municipal de Lisboa, António Costa.
* No fim de semana passado, Ana Gomes participou numa
missão organizada pelo grupo dos Socialistas e Democratas, a
Marrocos e ao território não autónomo do Sahara
Ocidental. Os eurodeputados encontraram-se com apoiantes da causa da
independência, e defensores dos Direitos Humanos, como por exemplo
Aminatou Haidar. A missão visitou a prisão de Laayoune,
capital do território do Sahara Ocidental, mas foi impedida de
falar com os presos políticos, inclusive um menor, preso nas
manifestações de maio passado. "A
resolução do conflito, que envolve Marrocos, a
Polisário, mas também a Argélia, abre um
extraordinário potencial de desenvolvimento para todo o Magreb:
desenvolvimento político, no sentido da democracia, e
desenvolvimento económico com um mercado de 100 milhões de
pessoas às portas da União Europeia", adiantou
Ana Gomes. A deputada defende que a UE tem de se empenhar na
resolução do conflito, que é de grande
importância para a Europa, "não apenas pelas
responsabilidades históricas de Espanha, mas obviamente pela
proteção do povo saharawi, e pela segurança da
região, e da própria Europa: a insegurança resulta
das redes criminosas, incluindo terroristas, que ali operam",
salientou Ana Gomes.
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