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O deputado português Capoulas Santos conseguiu
na semana passada uma vitória para Portugal na reunião que
juntou em Bruxelas Parlamento Europeu, Conselho da UE e Comissão
Europeia na última ronda de negociações da
Política Agrícola Comum para o período 2014-2020.
Enquanto relator do PE para os principais capítulos da PAC, o
eurodeputado socialista viu aprovada a sua proposta de aumento de 10 %
do cofinanciamento comunitário das ajudas agrícolas
destinadas ao desenvolvimento rural para os próximos 7 anos. Na
prática, Capoulas Santos calcula que tal representará uma
poupança para o Orçamento de Estado português de
cerca de 250 milhões durante aquele período. Capoulas
Santos manifestou a sua satisfação com o acordo
alcançado na derradeira ronda negocial e sublinhou que se bateu
até ao fim para fazer vingar esta proposta. "O Conselho
da UE acabou por ceder neste ponto. Os Vinte e Oito recusavam negociar
esta questão mas graças à pressão do
Parlamento Europeu até ao último minuto foi
possível aprovar esta proposta muito positiva para
Portugal", afirmou. Recorde-se que as três
instituições (PE, Comissão e Conselho) já
tinham chegado a acordo, em junho, sobre os restantes pontos da
próxima reforma da PAC com relevo para Portugal: reforço
dos apoios para os jovens agricultores e para os pequenos agricultores,
convergência interna das ajudas, adaptação do quadro
dos apoios à irrigação à realidade de
países como Portugal, proibição de entidades como
aeroportos ou campos de golfe de beneficiarem de ajudas europeias, entre
outras medidas.
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Foi aprovada na semana passada, com o consenso dos mais importantes
grupos políticos no Parlamento Europeu, a proposta apresentada
pelos eurodeputados portugueses, Luís Paulo Alves
e Nuno Teixeira, que irá permitir a Portugal e claro,
aos Açores e à Madeira, prolongar até dezembro de
2015 a diminuição de 10% no esforço de
cofinanciamento, que se encontrava previsto somente até maio do
próximo ano, para todos os projetos relativamente aos fundos
europeus (FEDER, Fundo Social Europeu e Fundo de Coesão).
"Trata-se de um extraordinário alívio para as
finanças dos Açores, da Madeira e de Portugal, no
esforço de financiamento dos "projetos
comunitários", sobretudo atendendo ao momento de
dificuldades que estamos a atravessar", explicou Luís
Paulo Alves. O eurodeputado açoriano salientou ainda que
"outro aspeto da maior importância, é que a
aprovação deste benefício possibilita também
que o mesmo se possa estender aos fundos comunitários da
Agricultura e das Pescas, fundos que são da máxima
importância não só nos Açores, como
também em Portugal Continental e na Madeira".
Luís Paulo Alves congratulou-se ainda com a excelente
colaboração estabelecida com a Representação
Permanente de Portugal junto da UE com o apoio já
obtido por Portugal no Conselho Europeu (que co-decide com o Parlamento
Europeu), para a aprovação deste assunto da maior
importância para o país.
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A deputada Elisa Ferreira interpelou na semana passada
o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, sobre o futuro de
Portugal na âmbito do programa de ajustamento económico e
financeiro. "Portugal cumpriu quase tudo o que lhe foi
recomendado e acabou com o dobro da recessão prevista, desemprego
com níveis históricos, dívida a 130% do PIB. Hoje
deveríamos ter podido ir aos mercados mas a dívida
soberana está com taxas acima dos 7%. Há alguns sinais de
recuperação mas excessivamente lentos e fracos. O que vai
acontecer a um país como Portugal. Qual é a fase que se
segue?", questionou a eurodeputada na reunião da
comissão dos Assuntos Económicos com Mario Draghi, em
Bruxelas. Elisa Ferreira também pediu esclarecimentos sobre o
papel do BCE enquanto supervisor único. Mario Draghi afirmou que
Portugal deve prosseguir o esforço de consolidação
das contas públicas, sublinhando que o país deve ter em
conta as reações "brutais" dos mercados
às mais pequenas dúvidas. "A história
recente mostra que mesmo o menor sinal de que os progressos na
consolidação orçamental podem ser postos em causa
leva os mercados a reagir de forma brutal. Viu-se com os juros da
dívida: os juros ‘saltaram’ ao menor sinal de que
algo poderia correr mal, e depois recuaram tão depressa quanto
subiram", respondeu o presidente do BCE. Mario Draghi referiu
que se podem ver atualmente em Portugal "os primeiros sinais de
uma retoma", e adiantou ser essencial prosseguir a
consolidação orçamental, embora "amiga do
crescimento". O responsável pelo BCE disse ainda que no
caso de Portugal "há também muito a fazer na
área das privatizações".
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A deputada Edite Estrela interpelou na semana passada
a Comissão Europeia sobre a necessidade de a UE promover as
designadas infraestruturas verdes, valorizando assim o capital natural
da Europa. No debate na Comissão do Ambiente do Parlamento
Europeu, a porta-voz dos Socialistas Europeus para esta matéria,
alertou para o facto de o valor dos serviços
ecossistémicos e dos benefícios oferecidos pela natureza
ser frequentemente negligenciado. A deputada sublinhou que "a
infraestrutura verde apresenta uma multiplicidade de benefícios,
ecológicos, económicos e sociais através de
soluções naturais. De facto, a natureza pode, muitas
vezes, oferecer soluções mais baratas e duráveis e
contribuir para a criação de emprego. Para além
disso, os investimentos em infraestruturas verdes têm normalmente
um retorno elevado. As soluções de infraestrutura verde
são particularmente importantes nos ambientes urbanos, onde vivem
mais de 60% dos cidadãos da União Europeia, trazendo
benefícios para o indivíduo e para a
comunidade". Edite Estrela quis saber como a Comissão
pretende promover o desenvolvimento da infraestrutura verde a
nível da UE, designadamente enquanto elemento de apoio da rede
Natura 2000, de modo a reduzir a fragmentação dos
ecossistemas e melhorar a conectividade entre os sítios da rede.
"É importante ouvir também a Comissão no
que se refere à promoção da infraestrutura verde
nas políticas regional e de coesão, nas políticas
relativas às alterações climáticas e ao
ambiente, nas políticas relativas à gestão do risco
de catástrofes, política agrícola comum, etc.,
incluindo nos mecanismos de financiamento correspondentes",
afirmou. "Temos tido alguns bons exemplos de projetos de
infraestruturas verdes, mas seria importante reforçar a
consistência e coerência destes projetos, através de
uma estratégia europeia que permita incrementar os
benefícios destas soluções".
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Ana Gomes apresentou na semana passada o seu
relatório sobre o Acordo de Parceria e Cooperação
(PCA) entre a União Europeia e a Indonésia, na
Comissão de Assuntos Externos do Parlamento Europeu (PE). Este
é o primeiro a dar o consentimento do PE a um PCA com um dos
países da ASEAN. "A Indonésia, quarto país
mais populoso do mundo e primeiro entre os países de
população muçulmana, fez progressos
democráticos e de combate à pobreza
notáveis". "É um exemplo que
Islão e democracia são compatíveis. Além
disso, é um país rico em recursos naturais e uma das
economias em franco desenvolvimento. O investimento europeu na
Indonésia disparou nos últimos anos mas como parceiro
comercial da UE a Indonésia ainda está apenas no segundo
lugar. O Acordo de Parceria e Cooperação é
estratégico para a UE – saibam os agentes económicos
dos Estados Membros aproveitar", defendeu a eurodeputada
socialista. No âmbito da Comissão de Inquérito sobre
a "vigilância eletrónica massiva dos cidadãos
europeus", que investiga as alegações de espionagem
por parte da agência NSA dos Estados-Unidos e a
violação dos direitos fundamentais dos cidadãos
europeus envolvida, Ana Gomes sublinhou ser relevante averiguar se os
Estados Unidos infringiram o acordo PNR (Passenger Name Record) e acordo
SWIFT – acordo que permite aos serviços secretos
norte-americanos aceder aos dados das transferências
bancárias dos cidadãos europeus no âmbito do
programa de Deteção do Financiamento do Terrorismo (TFTP).
Ana Gomes questionou peritos americanos que testemunhavam diante da
Comissão de Inquérito, por que razão havia falhado
o sistema de controlo parlamentar americano que devia ter sido executado
pelo Intelligence Committee do Congresso. Resposta: "falta de
transparência" – os avisos do Tribunal especializado
(FISA) nunca foram publicados pelo Comité, responderam dos
peritos.
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Intervindo na semana passada em Bruxelas num debate promovido pela SIC
sobre as eleições alemãs, Vital Moreira
observou que, embora elas se tenham traduzido numa clara
vitória de Merkel – que ficou à beira de uma maioria
parlamentar absoluta -, a verdade é que, paradoxalmente, com o
desaparecimento parlamentar do Partido Liberal, a chancelarina
alemã se encontra confrontada com uma maioria numérica de
deputados dos partidos à esquerda, pelo que provavelmente vai ter
de tentar uma coligação com o SPD (sociais-democratas)
para assegurar a estabilidade governamental. Vital Moreira sublinhou
que, desta vez, o SPD vai ter de ser mais exigente do que na sua
anterior participação na “grande
coligação” de 2005 com a CDU (primeiro governo de
Merkel), que lhe custou a maior derrota eleitoral desde a II Guerra
Mundial, nas eleições de 2009. É de crer por isso,
que caso essa coligação seja formada, haja mudanças
sensíveis quer na política interna quer na política
europeia da Alemanha. Entre as exigências do SPD na
política interna, Vital Moreira referiu a possível
criação de um salário mínimo nacional, a
reforma do imposto sobre o rendimento num sentido mais progressivo, a
defesa do Estado social. No campo da politica europeia, Vital Moreira
disse não ser de prever nenhuma mudança substancial na
política de defesa do euro, da disciplina orçamental, de
oposição à mutualização das
dívidas soberanas, mas antecipou o apoio alemão a medidas
de relançamento do investimento e da economia (nomeadamente pondo
em execução o “pacto do crescimento e do
emprego” adotado no ano passado sob proposta de Hollande), de
conclusão da união bancária (nomeadamente um
sistema integrado de garantia de depósitos) e de
lançamento de um “pacto social”, aprofundando o
modelo social europeu. Se estas perspetivas se verificarem, concluiu
Vital Moreira, a concludente vitória de Merkel pode afinal
traduzir-se numa “descrispação” da
situação política europeia e numa mudança
positiva na situação económica e social da
União, de que pode beneficiar também o nosso
país.
Eventos da semana:
Esta semana, em Bruxelas, Vital Moreira presidiu a uma reunião
do grupo que no PE acompanha as negociações do tratado de
comércio e investimento entre a UE e os EUA e a um workshop sobre
as relações comerciais entre a UE e a Índia.
Participou, ainda, como orador numa conferência subordinada ao
tema "Situation of the French, European and multilateral trade
policies" promovida pela Confrontations Europe. Vital Moreira
manteve reuniões com os Ministros do Comércio do Reino
Unido e do Japão, com uma delegação de
empresários de Taiwan, com representantes da Beryllium
Association e da Fiat-Chrysler e participou num encontro com os 20
adidos de embaixada que ingressaram recentemente na carreira
diplomática em Portugal e que visitaram esta semana as
instituições europeias. Finalmente, Vital Moreira foi
anfitrião de um almoço de trabalho promovido pela EURATEX
(associação europeia da indústria têxtil) com
o tema "EU trade negotiations US and Japan- Textile and Clothing
perspective".
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O deputado Correia de Campos presidiu ao
seminário promovido pelo Painel de Avaliação das
Opções Científicas e Tecnológicas (STOA)
sobre o "Panorama Europeu de financiamento da Ciência -
Conquistas do FP7 e perspetivas para o Horizonte 2020". No momento
em que se prepara a transição entre aqueles dois
programas, esta conferência visou proporcionar um olhar
crítico sobre alguns dos principais instrumentos europeus de
financiamento, indicando possíveis aperfeiçoamentos.
Correia de Campos manifestou satisfação por um programa
com um equilíbrio entre mecanismos de financiamento dirigidos
para o desenvolvimento de soluções para alguns dos
desafios enfrentados pela sociedade, como sejam a sustentabilidade
energética, a saúde e envelhecimento, ou o clima, e
mecanismos de financiamento que responderão apenas a
critérios de excelência científica, apoiando
projetos de ponta e propostas que respondem apenas à curiosidade
científica e à criação de conhecimento
fundamental. No respeitante a grandes projetos dirigidos sobretudo a
promover a competitividade da indústria Europeia, promovendo a
inovação e a tecnologia em estádios de
desenvolvimento mais próximo do mercado, o deputado socialista
alertou para a necessidade de mecanismos mais eficazes de
avaliação de impacto e de transparência no
respeitante à utilização de fundos públicos
em parcerias público-privadas. O resultado das
negociações em trílogo entre Parlamento Europeu,
Conselho e Comissão Europeia referentes ao Programa Horizonte
2020 foi recentemente votado e aprovado na Comissão de
Indústria, Investigação e Energia do PE, aguardando
confirmação em Sessão Plenária. Cerca de 70
mil milhões de Euros de fundos Europeus a atribuir por este
programa financiarão a Ciência e a Inovação
entre 2014 e 2020.
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