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A comissão dos Assuntos Económicos e Monetários do
Parlamento Europeu aprovou esta semana, por esmagadora maioria (30 votos
a favor e 2 contra), o relatório de Elisa Ferreira
sobre o Semestre Europeu para a Coordenação das
Políticas Económicas. No documento encontram-se as ideias
que o Parlamento Europeu desejaria ver refletidas nas
recomendações que o Conselho Europeu, sob proposta da
Comissão, faz aos Estados-Membros em matéria de
políticas económicas. Essas recomendações
deverão enformar a preparação dos orçamentos
nacionais os quais, a partir deste ano e para os países da zona
Euro, passarão por uma análise prévia feita pela
Comissão Europeia a um projeto de orçamento, a qual
precede as discussões orçamentais nos parlamentos
nacionais. Pela primeira vez, a comissão dos Assuntos
Económicos e Monetários aprovou, neste tipo de
exercício, uma mensagem clara para que Comissão e Conselho
recomendem aos países com excedentes que tomem medidas
expansionistas seja através do estímulo à procura
interna seja através do lançamento de projetos de
investimento de modo a estimular a economia da União Europeia
como um todo. No documento aprovado, Elisa Ferreira sublinha ainda a
necessidade de que rapidamente o atual modelo ad-hoc das
"troikas" seja revisto e alterado passando a integrar-se em
modelos comunitários, garantindo a prestação de
contas, de acordo com um normal processo democrático. Estes
são apenas dois, entre muitos outros aspetos do relatório,
onde Elisa Ferreira conseguiu introduzir alguma mudança nas
posições tradicionalmente impostas pela maioria
parlamentar no que diz respeito a recomendações em
matéria económica.
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O deputado Correia de Campos presidiu esta semana a
uma conferência dedicada ao tema "Computação em
Nuvem- Que Potencial para a Europa?", integrada na 5a Cimeira
Europeia de Inovação, que decorreu no Parlamento Europeu,
sob o alto patrocínio do Presidente Martin Schulz. A
computação em nuvem consiste, em termos genéricos,
num conjunto de tecnologias para armazenamento de
informação e funcionalidades em servidores remotos e que
permitem a sua utilização partilhada e em rede, a partir
de qualquer dispositivo eletrónico terminal, como computadores,
ou "smartphones". A computação em nuvem é
hoje em dia uma área emergente e um dos segmentos do mercado das
Tecnologias da Informação e Comunicação
(TIC) com maiores taxas de crescimento. Estimativas da Comissão
Europeia apontam para um impacto deste sector no PIB da União de
950 mil milhões de Euros e 3,8 milhões de novos postos de
trabalho até 2020. Na intervenção que efetuou,
Correia de Campos realçou algumas características da
computação em nuvem, como sejam a progressiva mobilidade
no acesso a conteúdos e serviços e os ganhos de
conveniência e eficiência que essa mobilidade acarreta.
Já no domínio da atividade empresarial, o deputado
socialista referiu que esta tecnologia abre às empresas
várias possibilidades: a de evitarem a necessidade de
investimentos pesados em infraestruturas TIC, o ganho de produtividade
laboral e a viabilização modelos de negócio
inovadores. No entanto, referiu Correia de Campos, "há
ainda muitos riscos e obstáculos à adoção
generalizada desta tecnologia: entre outros, riscos tecnológicos,
riscos de segurança dos sistemas informáticos e riscos
associados à privacidade da informação depositada
nos servidores remotos". Correia de Campos recordou a presente
polémica em torno dos programas secretos de
monitorização e vigilância de
comunicações eletrónicas nos Estados Unidos e
concluiu pela necessidade de mais desenvolvimentos tecnológicos e
regulamentares que permitam mitigar estas questões a nível
da União Europeia.
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Numa entrevista à revista New Europe, esta semana em Bruxelas,
Vital Moreira defendeu a negociação de um
tratado de investimento entre a União e a China, tal como consta
de uma resolução de que é coautor já adotada
na comissão de Comércio Internacional e que vai ser votada
pelo plenário do PE em Estrasburgo. De facto, sendo a China um
importante destino do investimento europeu e sendo a UE um dos alvos do
investimento chinês, há toda a vantagem em regular essas
relações em benefício mútuo. Todavia - Vital
Moreira acrescentou -, importa estabelecer os limites ao investimento
estrangeiro, por razões de segurança ou outras (por
exemplo, exclusão do setor audiovisual), garantir os
princípios de não discriminação entre
empresas nacionais e estrangeiras ("tratamento nacional"),
assegurar um "level-playing field" concorrencial entre
empresas privadas e empresas estatais, incluindo os "wealth
funds" (que no caso chinês são os principais
protagonistas do investimento estrangeiro), definir claramente os
direitos e obrigações dos investidores, preservar a margem
de "policy space" de ambas as partes na
regulação ambiental e outras, impor "standards"
mínimos em matéria ambiental e laboral etc.. A
União não deve favorecer o estabelecimento de empresas
europeias na China só para se aproveitarem do "dumping"
laboral e ambiental que aí gozam. Vital Moreira sublinhou que,
sendo este o primeiro tratado de investimento especificamente negociado
pela União Europeia depois do Tratado de Lisboa - que conferiu a
competência nestas matérias à União -,
importa que o mesmo estabeleça um "modelo europeu de
tratado de investimento" que, a par da liberalização
recíproca de investimentos e da proteção dos
investidores, preencha os demais requisitos - incluindo em
matéria laboral e ambiental - por que se devem pautar as
relações económicas exteriores da União.
Eventos da semana:
Esta semana, em Bruxelas, Vital Moreira participou, na qualidade de
Presidente da comissão de Comércio Internacional, na
reunião anual entre os presidentes de comissões do PE e o
colégio de Comissários e manteve, ainda, uma
reunião de trabalho com o embaixador da Jordânia junto da
UE.
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Ana Gomes participou no painel "Alternativas para
o Futuro" da conferência organizada pelo grupo dos
Socialistas e Democratas no Parlamento Europeu, sobre “Matérias-primas:
Uma Maldição para os Países em
Desenvolvimento?". Neste painel, participaram também o
Embaixador Pierre Vimont, Secretário-geral do Serviço
Europeu de Ação Externa, e Rafael Marques de Morais,
ativista e jornalista fundador do blog Maka Angola que falou sobre a
ligação entre corrupção e a defesa dos
direitos humanos em Angola. Na próxima semana, em Estrasburgo,
será votado em sessão plenária o relatório
da eurodeputada socialista sobre "Corrupção no sector
público e privado: o impacto nos Direitos Humanos em
países terceiros". A eurodeputada socialista foi
anfitriã esta semana no Parlamento Europeu do lançamento
do livro: "As
minorias no Iraque e outros grupos vulneráveis: quadro legal,
documentação e direitos humanos", da autoria da
organização americana Institute for International Law and
Human Rights. A violência sectária que devasta este
país e que a guerra na Síria agravou, afeta a já
limitada funcionalidade governamental iraquiana, nomeadamente a
capacidade da polícia e das forças de ordem pública
em travar as rivalidades inter-religiosas e os atentados terroristas,
que só no mês de setembro já mataram aproximadamente
890 pessoas e feriram 2000. Ana Gomes foi oradora na semana passada em
Atenas, Grécia, numa conferência organizada pelo Parlamento
nacional grego sobre "A Diplomacia Parlamentar na região do
Mediterrâneo".
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A deputada Edite Estrela interveio esta semana nas
reuniões dos órgãos de direção da
bancada parlamentar dos socialistas europeus para informar sobre os
resultados das eleições autárquicas em Portugal e a
situação política no país. A presidente da
Delegação Socialista Portuguesa destacou a vitória
do PS em toda a linha (número de votos, câmaras,
domínio nos principais centros urbanos) e a estrondosa derrota
dos partidos de direita que concorriam coligados em muitas localidades.
Edite Estrela realçou o resultado do PS em Lisboa onde o atual
presidente, António Costa, alcançou uma vitória
histórica: foi a primeira vez que um partido conseguiu uma
maioria absoluta na capital. Os socialistas passam também a
liderar a Associação Nacional de Municípios. A
presidente da Delegação Socialista fez um balanço
muito positivo de uma vitória eleitoral que fortalece a
relação de confiança entre os portugueses e o PS.
Os portugueses rejeitaram a política de austeridade do governo de
direita que tem empobrecido o país e destruído a economia.
"Os portugueses manifestaram uma vontade de mudança e de
esperança na alternativa que o PS lidera", afirmou
Edite Estrela. Na reunião da direção do Grupo
Socialista foi igualmente debatida a estratégia para as
próximas eleições europeias bem como o
calendário para a eleição do candidato socialista
à presidência da Comissão Europeia. O Partido
Socialista Europeu (o PSE junta os partidos socialistas, trabalhistas e
sociais democratas de toda a Europa) começou no início
deste mês o processo de escolha do candidato socialista à
presidência do executivo comunitário, um posto central para
concretizar a inversão de tendência nas políticas de
austeridade com que os conservadores têm castigado os europeus. O
processo de nomeação dos socialistas culmina com o
congresso do PSE, a 28 de fevereiro, durante o qual será
anunciado o nome do candidato, aprovado o manifesto eleitoral e
lançada a campanha para as eleições europeias.
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O deputado Capoulas Santos na qualidade de relator
sombra dos socialistas europeus para o Protocolo de pescas entre a
União Europeia e o Reino de Marrocos, participou esta
quinta-feira, 3 de outubro, na reunião da Comissão das
Pescas do Parlamento Europeu (PE) onde a Comissão Europeia
apresentou a sua proposta de Protocolo. A discussão que já
vai longa e que em dezembro de 2011 obrigou à retirada das
embarcações europeias das águas do reino marroquino
por falta de consentimento do PE à anterior proposta de
Protocolo, força o encontro de mais salvaguardas para os
princípios da sustentabilidade dos recursos explorados, a
atribuição de menos licenças de pesca, menos 6,6
milhões de euros anuais de contribuições
comunitárias - compensadas com o aumento do encargo anual dos
armadores que passa de menos de 2 milhões para 10 milhões
de euros anuais - e a intenção de um acompanhamento mais
próximo e cooperante do desenvolvimento
sócio-económico e ambiental desta região. A
controvérsia entre Rabat e Bruxelas tem sido cara a Lisboa
não tanto pelas expectáveis 6 licenças de pesca que
nos serão atribuídas com este novo Protocolo,
principalmente para a captura de sardinha, pescada-preta e peixe-espada
mas pela proximidade geográfica e histórica com a
intenção de autodeterminação do Sahara
Ocidental, idêntica à luta timorense. Capoulas Santos
exortou os colegas a ponderarem os argumentos económicos e
políticos, não negligenciando a evolução
democrática do Reino de Marrocos, bem diferente da infeliz
"Primavera Árabe" dos seus vizinhos.
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* A deputada Edite Estrela presidiu esta semana
à reunião da Comissão dos Direitos da Mulher e
Igualdade de Género do PE durante a qual foram debatidos
importantes temas, nomeadamente a situação dos direitos
das mulheres na Arábia Saudita e o Ano Europeu do Desenvolvimento
(2015) na perspetiva da igualdade de género. Edite Estrela, na
presença do embaixador saudita, alertou para as múltiplas
discriminações que as mulheres continuam a enfrentar na
Arábia Saudita e relembrou a segregação de que as
mulheres são vítimas nos domínios da vida
pública e privada, dependendo ainda da autorização
dos homens para as decisões mais elementares no dia a dia. A
deputada sublinhou a importância da presença do embaixador
e instou as autoridades europeias e sauditas a trabalharem em conjunto
em prol dos direitos das mulheres no país.
* A comissão de Agricultura do Parlamento Europeu votou e
aprovou os relatórios da autoria do eurodeputado socialista
Capoulas Santos sobre a reforma da Política
Agrícola Comum. Os relatórios sobre os pagamentos diretos
e o desenvolvimento rural foram aprovados com amplas maiorias de,
respetivamente, 76 % e 85 %.
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