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A comissão dos Assuntos Económicos e Monetários do
Parlamento Europeu aprovou esta semana, por esmagadora maioria, as
propostas da deputada Elisa Ferreira que criam um
Mecanismo Único de Resolução Bancária para a
gestão das falências dos bancos da zona euro. O novo
Mecanismo, aprovado por 80% dos deputados da comissão
parlamentar, assegura que a fatura das falências bancárias
deixe de ser paga pelos contribuintes e passe a ser paga pelos
“donos” dos bancos. “Todos os bancos devem estar
cobertos pelo Mecanismo Único de Resolução,
operando um Fundo Único de Resolução, financiado
pelos bancos, de acordo com o risco que trazem ao sistema. Não
faria sentido entregar a autoridades nacionais a gestão das
falências bancárias quando, no âmbito da União
Bancária, o Banco Central Europeu tem a seu cargo a
supervisão de todos os bancos“, afirmou a deputada.
“Deve ser criado, progressivamente, um Fundo Único,
financiado pelos bancos. Enquanto esse processo não está
concluído, propomos que se estabeleça uma linha de
crédito, de preferência de origem pública, que
garanta a disponibilidade imediata dos meios financeiros
necessários”. Elisa Ferreira manifestou a sua
satisfação com o nível de ambição das
propostas aprovadas. "Hoje o Parlamento Europeu aprovou a sua
posição para negociar com o Conselho. Precisamos de chegar
a um acordo que promova a estabilidade financeira na Europa e não
“manchetes” nacionais. Acredito que a posição
que hoje aprovámos garante isto e espero que os Ministros das
Finanças possam agir no mesmo espírito”. A
coordenadora dos Socialistas para os Assuntos Económicos
reafirmou o carácter europeu da posição do
Parlamento, totalmente em linha com o método comunitário e
que defende que deve ser a Comissão Europeia a
instituição que chancela as propostas da Autoridade de
Resolução Europeia nos processos de
resolução bancária.“Ter decisões
de resolução baseadas em critérios políticos
seria fatal para todo o sistema”, sublinhou Elisa
Ferreira.
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Falando esta semana na Comissão de Comércio Internacional
do Parlamento Europeu - a que preside -, Vital Moreira
atacou fortemente a proposta da Comissão Europeia sobre
a chamada “modernização dos instrumentos de defesa
comercial” da União, que acusou de enfraquecer
deliberadamente a defesa da indústria europeia contra o
“dumping” e a subsidiação de
exportações por parte de empresas e de países
estrangeiros. Vital Moreira considerou que no princípio do free
and fair trade estabelecido nos tratados da União (TEU, art.
3°), o fair não é menos importante do que o free. Os
“instrumentos de defesa comercial” são justamente o
instrumento de defesa do fair trade contra as práticas comerciais
desleais. A iniciativa da Comissão não cumpre essa
missão da União, pelo contrário. Vital Moreira
voltou a desafiar a Comissão a fazer um exercício de
simulação da aplicação retroativa do regime
que ela agora propõe aos casos decididos nos últimos dez
anos, o que provaria que algumas das medidas anti-dumping e
anti-subsídio não teriam sido adotadas. O chamado
“teste do interesse da União”, ao colocar ao mesmo
nível os interesses da indústria afetada e os interesses
dos importadores, das cadeias de distribuição e dos
consumidores, traduzir-se-á em geral na prevalência dos
interesses dos segundos sobre os primeiros. É evidente que tanto
os importadores e cadeias comerciais como os consumidores têm todo
o interesse em boicotar qualquer medida anti-dumping ou
anti-subsídio, pela simples razão que lucram com as
importações mais baratas, à custa da
indústria europeia prejudicada por elas. Mas, acrescentou Vital
Moreira, ninguém deve poder tirar vantagem de práticas
comerciais desleais. Além disso, não faz sentido que, por
um lado, a União defenda uma política industrial destinada
a revitalizar a indústria europeia e que, por outro lado,
sacrifique a indústria europeia em caso de dumping e de
subsidiação de exportações, em favor dos
importadores e das cadeias de distribuição. Juntamente com
outros eurodeputados socialistas, Vital Moreira apresentou várias
emendas para corrigir a proposta da Comissão e voltou a insistir
que a Comissão deve suspender a publicação das suas
guidelines enquanto não for concluído o processo
legislativo. Caso contrário, alertou Vital Moreira, a
Comissão poderia incorrer em “contempt of Parliament”
(desafio ao Parlamento), o que seria muito grave.
Eventos da semana:
Esta semana, em Bruxelas, Vital Moreira presidiu à
reunião ordinária da Comissão do Comércio
Internacional do PE, e manteve uma reunião de trabalho com o
Diretor para as Américas do Serviço Europeu para a
Ação Externa da União. Vital Moreira presidiu,
ainda, a reuniões do "trílogo" - Parlamento,
Conselho e Comissão -, no âmbito dos processos legislativos
sobre a resolução de conflitos entre os investidores
estrangeiros e a União e/ou Estados-membros, no contexto de
acordos bilaterais de investimento estrangeiro e sobre o regime
comunitário de controlo do comércio de "produtos de
dupla utilização". Finalmente, em Atenas, Vital
Moreira chefiou a delegação da Comissão de
Comércio Internacional do PE à Grécia, onde foram
efetuados vários contatos com responsáveis do governo,
parlamento e associações empresariais e sindicais, com o
objetivo de preparar a presidência grega do Conselho da
União, que decorrerá durante o primeiro semestre de
2014.
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Enquanto relator-sombra do projeto de Diretiva que estabelece um quadro
europeu para a segurança nuclear, o deputado Correia de
Campos interveio esta semana na comissão da
Indústria, Energia e Investigação do Parlamento
Europeu sobre a recente proposta legislativa avançada pela
Comissão Europeia. Razões de segurança nuclear
têm vindo a motivar decisões divergentes por parte dos
vários Estados-Membros da União, no que respeita à
energia nuclear: desde o seu reforço, com a
construção prevista de novas centrais nucleares, ao seu
abandono progressivo e já calendarizado. Correia de Campos fez
notar que a segurança nuclear não tem fronteiras e que por
isso é necessário assegurar e elevar os níveis de
segurança no território europeu, que concentra cerca de um
terço dos reatores nucleares em funcionamento no mundo inteiro.
Assim, o deputado socialista acolheu com agrado a proposta da
Comissão Europeia e salientou a necessidade de reforçar a
atuação em matéria de segurança nalguns
vetores principais. Desde logo, melhores mecanismos de
cooperação entre as entidades reguladoras nacionais,
processos de avaliação internacional pelos pares, e
reforço da independência, da capacidade de
ação e de intervenção dos reguladores. Por
outro lado, a definição de princípios e
orientações para procedimentos e estruturas de
segurança que reflitam as melhores práticas de
segurança que respondam a todas as fases do ciclo de vida das
instalações nucleares, desde a escolha do local de
construção e projeto, até ao seu desmantelamento.
"Entre as novas disposições técnicas que
devem ser reforçadas deve dar-se especial atenção
àquelas com vista a uma resposta eficaz in loco a
situações de emergência", concluiu Correia
de Campos. Esta proposta surge na sequência do acidente da central
nuclear de Fukushima, no Japão, em 2011, e do diagnóstico
da persistência, nesse caso, de problemas técnicos graves,
tal como tinha acontecido para outros acidentes nucleares
históricos. A nova Diretiva visa incorporar na
legislação europeia os ensinamentos deste acidente, bem
como, aqueles retirados dos testes de stress entretanto realizados
às centrais nucleares europeias.
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A deputada e Vice-Presidente da Comissão dos Direitos da
Mulher e Igualdade dos Géneros, Edite Estrela,
participou recentemente na Audição da Subcomissão
de Igualdade da Assembleia da República dedicada ao
relatório do Parlamento Europeu sobre "saúde e
direitos sexuais e reprodutivos". A deputada informou os deputados
sobre o documento da sua autoria. Relembra-se que, em Estrasburgo, os
deputados de direita e de extrema direita, numa coligação
negativa em plenário, inviabilizaram a votação do
relatório que representa um importante progresso a favor dos
direitos da mulher na UE. O relatório afirma que a saúde
reprodutiva deve ser analisada no âmbito dos direitos humanos e
como um meio para alcançar a igualdade de género, defende
a interrupção voluntária da gravidez legal e segura
na UE, o acesso a contracetivos e a educação sexual nas
escolas. Na Assembleia da República, Edite Estrela teve a
oportunidade de reafirmar as suas posições, clarificar o
conteúdo do texto e alertar para a importância dos temas em
discussão. A eurodeputada socialista também participou na
conferência sobre "Igualdade, Saúde e Direitos Sexuais
e Reprodutivos", organizada pelo Laboratório de Ideias e
Propostas para Portugal (LIPP), o centro de reflexão e debate do
PS. Nesta conferência participaram igualmente Carlos Zorrinho,
coordenador nacional do LIPP, Álvaro Beleza, Isabel Coutinho e
Elza Pais.
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Ana Gomes organizou esta semana uma reunião no
Parlamento Europeu (PE) com ativistas egípcios de diversos
sectores, em parceria com o MediatEUR, Egmont Institute e o Elbarlament
para discutir os mais recentes desenvolvimentos no Egito e o papel que a
União Europeia pode desempenhar. A eurodeputada participou num
almoço e numa reunião com uma delegação da
Câmara dos Representantes dos Estados Unidos da América,
liderada pelo Rep. Mike Rogers, para discutir a vigilância massiva
da NSA sobre líderes e cidadãos europeus. Nos debates, Ana
Gomes salientou a necessidade de os EUA facultarem recurso
administrativo e judicial aos cidadãos europeus vítimas de
violações da sua privacidade e da
manipulação de dados: “Para se reconstruir a
confiança abalada pelo escândalo da espionagem, é
necessário no mínimo garantir aos cidadãos europeus
que poderão apelar para uma instância administrativa e ter
recurso judicial em solo americano, tal como os cidadãos
americanos têm na Europa, graças às nossas leis de
proteção de dados. É urgente concluir o acordo
quadro UE-EUA sobre proteção de dados, que está
apenas pendente da aceitação pelos EUA deste direito ao
recurso para cidadãos europeus”, sublinhou Ana Gomes.
Numa reunião da Comissão de Liberdades Cívicas,
Justiça e Assuntos Internos (LIBE), dedicada ao Inquérito
sobre a espionagem eletrónica massiva de cidadãos, Ana
Gomes questionou, por videoconferência, os Senadores brasileiros
que conduzem uma investigação semelhante à do
Parlamento Europeu, sobre o impacto que essa investigação
possa vir a ter em acordos bilaterais existentes entre os EUA e o
Brasil. No mesmo Inquérito, também por
videoconferência, questionou o jornalista americano Glenn
Greenwald, pioneiro na difusão de informações
recolhidas por Edward Snowden, sobre a cooperação que os
serviços de informação portugueses prestariam ao
NSA. O jornalista informou que em breve sairá a público
documentação sobre Portugal. Ana Gomes interpelou
Catherine Ashton, Alta Representante para os Negócios
Estrangeiros da União Europeia, que veio à Comissão
dos Assuntos Externos do PE dia 18, sobre o incidente de
coação na Guiné-Bissau de uma
tripulação da TAP para transportar para Portugal um grupo
de cidadãos, alegadamente sírios, com passaportes falsos.
A Sra. Ashton confirmou que o assunto tinha alarmado o Conselho de
Ministros da UE, que considerava que a restauração do
Estado na Guiné-Bissau implicada a saída dos militares do
poder. Porém, nenhuma missão no quadro da PCSD
(Política Comum de Segurança e Defesa da UE) estava a ser
considerada. Interrogada por Ana Gomes sobre o que podia o PE fazer para
ajudar a desbloquear a situação numa Ucrânia
tensamente dividida entre partidários da
aproximação à UE e à
Rússia, Catherine Ashton sublinhou que a escolha não
se punha entre UE e Rússia, a Ucrânia devia relacionar-se
com ambas. E pediu que o PE continuasse a enviar missões à
Ucrânia falar com todas as partes e encorajá-las ao
diálogo.
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O ano de 2014 foi declarado pela Assembleia Geral das
Nações Unidas como "Ano Internacional da Agricultura
Familiar". Por coincidência, a comissão de Agricultura
do Parlamento Europeu encerrou 2013 votando, por larga maioria,
precisamente um relatório sobre "O Futuro das Pequenas
Explorações Agrícolas", depois de, em novembro
o plenário de Estrasburgo ter dado luz verde ao acordo
interinstitucional que encerrou a negociação da PAC para
2014/20, onde a pequena agricultura passou a ocupar um lugar até
agora inexistente. A pequena agricultura foi, até 2004, um
problema essencialmente dos países do Sul (Portugal,
Espanha, Itália e Grécia). Com o alargamento a leste e o
desmantelamento do modelo coletivista do ex-países comunistas, a
pequena agricultura passou a ocupar um espaço de maior
relevância também na maior parte dos novos países
aderentes. Contudo, as mais importantes medidas que podem beneficiar a
pequena agricultura europeia revestem um carácter
voluntário para os Estados-membros que terão de tomar
essas decisões em 2014. O relatório aprovado "insta
os Estados-membros a incluírem nos seus programas do I e II
Pilares da PAC subprogramas e ações" que otimizem as
oportunidades agora abertas pela nova PAC em benefício da pequena
agricultura. Capoulas Santos congratulou-se com
"a expressiva maioria de apoio às
recomendações contidas no relatório",
fazendo votos de que "o plenário de Estrasburgo as
confirme e que os Estados-membros as sigam", acrescentando que
estará "particularmente atento à
implementação da nova PAC", porque "o
Parlamento não poderá permitir que os avanços
conseguidos com a codecisão em matéria agrícola
possam ser desvirtuados pelos governos".
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Na sequência de um trabalho coordenado entre o Governo dos
Açores e os eurodeputados portugueses da comissão de
Desenvolvimento Regional, Luís Paulo Alves
interveio nos trabalhos da comissão defendendo a
adaptação às Regiões Ultraperiféricas
do Fundo de Solidariedade da União Europeia (FSUE), que pretende
dar resposta às grandes catástrofes naturais. Segundo
Luís Paulo Alves, "o Fundo de Solidariedade da
União Europeia (FSUE) é um instrumento criado em 2002 para
fazer face às grandes catástrofes naturais que se abatem
sobre os nossos Estados-Membros e as nossas regiões causando um
nível de danos que convoca a presença solidária da
União Europeia. São momentos difíceis para as
populações com prejuízos que colocam em risco a
estabilidade e a atividade regular das suas vidas e das economias das
suas regiões. É justamente nestes momentos que as
populações mais precisam que a presença da
União se deve fazer notar". Para o deputado
açoriano, "esta preocupação de ajustamento
a uma melhor resposta às realidades concretas das nossas
regiões deve manter igualmente o cuidado especial que o seu
regulamento inicial de 2002 dedicava às ultraperiféricas
conforme constava do seu artigo 2". "Fazia-o e deve
continuar neste novo Regulamento a fazê-lo pois é
comprovada a sua maior vulnerabilidade aos cataclismos
naturais", acrescenta o deputado. Para Luís Paulo
Alves, "a realidade arquipelágica por vezes determina
que nas ilhas mais pequenas e menos populosas essas catástrofes
naturais sem atingirem o limiar do 1,5% do PIB regional, afetam
duramente essas ilhas, inviabilizando a retoma imediata da atividade
económica e social em condições de normalidade, em
resultado dos efeitos diretos causados sobre todo um sector
económico ou um conjunto de infraestruturas, como portos,
estradas e aeroportos". Luís Paulo Alves considerou
assim que "o Fundo de Solidariedade não pode deixar de
dar uma resposta ajustada a estas situações, devendo em
tais casos o limiar dos 1,5% do PIB ser reduzido para 1%, para que a
presença solidária da UE se possa também fazer
sentir junto das populações nestas
situações, nas regiões mais remotas. O novo
regulamento deve além disso permitir, em caso de
necessidade, a deslocação ou a melhoria das
infraestruturas danificadas, para que se evitem novos prejuízos
em futuras catástrofes".
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* O deputado Capoulas Santos participou esta semana no
PE, no evento evocativo dos 55 anos do CEJA, o Conselho Europeu dos
Jovens Agricultores, que foi um parceiro relevante na
negociação da Reforma da PAC nos capítulos
referentes a este estrato do universo dos agricultores europeus. O
evento constituiu uma oportunidade para a apresentação da
nova equipa dirigente do CEJA, agora presidida pelo italiano Matteo
Bertolini e para a apresentação pública do novo
logotipo da organização.
* A deputada Edite Estrela participou no debate que
teve lugar na comissão do Emprego e Assuntos Sociais que vai
elaborar um relatório sobre o impacte social e no emprego dos
programas da troika. "É no Estado Social que as
consequências negativas são mais evidentes, nomeadamente, a
exclusão social, o aumento da pobreza e das desigualdades sociais
e o desemprego, sobretudo entre os jovens", alertou a
eurodeputada socialista. Edite Estrela frisou também o
"ataque" à classe média que tem
sido muito sacrificada nos países sob ajustamento.
"Tem-se notado um excesso de austeridade sem o contraponto do
crescimento económico e da criação de
emprego". A deputada referiu que os portugueses estão a
viver pior do que em 2011 e advertiu para outro problema:
"Há quem questione se o funcionamento da troika e a sua
própria existência não viola princípios
constitucionais". A deputada garantiu que irá
apresentar propostas no âmbito do debate em sede de
comissão dos Assuntos Sociais do PE.
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