S&D pressiona ratificação do Acordo Pós-Cotonu no início da Assembleia Parlamentar Paritária ACP-UE

23.06.2023

Copresidida por Carlos Zorrinho, a 43ª sessão da Assembleia Parlamentar Paritária entre os países de África, Caraíbas e Pacífico e a União Europeia (ACP-UE) tem lugar a partir de sábado, dia 24, e decorre até ao dia 28, em Bruxelas. A reunião representará uma ocasião ímpar para promover importantes debates e apresentar possíveis soluções comuns para enfrentar crises globais como as alterações climáticas, o terrorismo, a segurança alimentar, a pobreza e os direitos humanos.

A delegação do Grupo dos Socialistas e Democratas (S&D) assegurará que a assembleia enfrente os desafios que se avizinham com uma abordagem progressiva centrada no multilateralismo, na democracia e no Estado de Direito, apesar das tentativas claras da extrema-direita de bloquear qualquer possível passo em frente e interpretar todos os desafios prevalecentes apenas através do prisma da migração e da segurança.

A 43ª reunião da Assembleia Parlamentar ACP-UE poderá desencadear um forte impulso para desbloquear a aprovação do tão aguardado do Acordo Pós-Cotonu, um poderoso instrumento jurídico para facilitar o multilateralismo em matéria de conflitos e violações do direito internacional.

A delegação do Grupo S&D, liderada por Carlos Zorrinho, copresidente ACP-UE, incluirá, entre outros deputados, Dan Nica, Christophe Clergeau, Maria Arena, e o coordenador do Grupo S&D, Hannes Heide.

Carlos Zorrinho, copresidente ACP-UE afirma:

"As alterações climáticas, as crises humanitárias, a deslocação de pessoas pobres, o terrorismo, a insegurança alimentar, o aumento dos preços devido à guerra russa contra a Ucrânia e o veto à aprovação do Acordo Pós-Cotonu, refém do governo húngaro e agora também do governo polaco, constituem desafios e ameaças de enorme dimensão.

Existe, porém, uma desproporção entre as causas e os locais de origem destas crises e os locais onde as suas consequências são mais graves e generalizadas, principalmente no continente africano e nas ilhas das Caraíbas e do Pacífico. Estes efeitos desproporcionados podem ser facilmente identificados nas consequências das alterações climáticas nos países em desenvolvimento – provocadas principalmente pelas zonas mais desenvolvidas do mundo - com um aumento da seca, da fome, das deslocações e dos conflitos, mas também com a escassez de cereais da Ucrânia e de fertilizantes da Rússia, devido à guerra.

Não existe outra solução melhor do que a cooperação global. O multilateralismo entre iguais é a única forma concreta de avançar.

O processo pós-Cotonu demonstrou que as aspirações geopolíticas da UE não são compatíveis com uma UE amarrada a um modelo de decisão baseado em chantagens e vetos. Chegou o momento da coragem, o momento de virar finalmente a página do confronto e iniciar uma fase de multilateralismo entre iguais."

Outras informações:

https://view.officeapps.live.com/op/view.aspx?src=https%3A%2F%2Fwww.europarl.europa.eu%2Fcmsdata%2F270765%2FDraft%2520Agenda_EN.docx&wdOrigin=BROWSELINK

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